O Brasil já teve grandes períodos de comercialização nos empreendimentos imobiliários, porém o ano de 2014 não conseguiu superar as vendas e lançamentos de imóveis em relação a 2013, fato que repercute pelos altos preços que não aliam o custo e benefício de uma população que cresce em ritmo acelerado.
Teresina também sofre com a queda nas vendas, segundo Valmir Falcão, conselheiro Federal de Economia, COFECON-PI, afirma um dos motivos da diminuição do consumo.“Já houve uma demanda muito grande de empreendimentos imobiliários em Teresina, porém com a saturação dos imóveis a tendência foi uma queda das vendas”.
A população também fica em dúvidas ao efetivar a compra do imóvel, como a fonoaudióloga Tânia Barbosa que esbarra em desafios. “Para o meu padrão o preço está muito caro, além de uma grande burocracia. E quando as contas vão para o papel, as prestações até dobram de tanto juros”. Afirma.
Porém, para o Presidente do Conselho Regional e Corretores de Imóveis do Piauí -CRECI Pi- Nogueira Neto, a instituição não sentiu a queda na demanda de imóveis. “O que corre é uma queda nos preços dos imóveis, mas não na venda. Uma das quedas nos preços foram nos imóveis usados..”
Além disso, a zona leste da capital continua a ser o metro quadrado mais caro da capital. “Tanto a zona leste, como também o centro na zona norte de Teresina, por conta do comércio. O preço desses locais por metro quadrado depende do padrão do imóvel, então varia de R$ 1.500 a mais de R$ 7.000”. Conta.
O presidente acredita na facilidade de se comprar um imóvel. “Houve uma demanda grande para a compra de imóveis por conta da estabilidade financeira, a facilidade de empréstimos junto aos bancos, e juros baixos na compra dos imóveis”.
Diferentemente o que diz o conselheiro Valmir Falcão sobre a taxa de juros. “A taxa de juros aumentou, e o preço do imóvel em Teresina está muito alto”. Ele ainda dá dicas de como achar uma boa oferta. “É bom procurar, pois as vezes aparecem preços bons e com localização também valorizada”. ressalta.
Valmir Falcão também aconselha para o consumidor aproveitar a queda da demanda. “Com grandes ofertas há também a queda dos preços”, finaliza.
Expectativas do setor imobiliário em 2013
Em 2013, o Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP- NRE-Poli, promoveu um relatório sobre as expectativas para o ano que vinha, 2014. O relatório contia a opinião de empresários e executivos do mercado de imóveis, sobre as possíveis vendas e quedas nos preços em algumas regiões do país.
A previsão (75% dos consultados) em relação a busca de imóveis residencias, era que seria mantido o padrão equivalente ao crescimento populacional, e o que na verdade ocorreu em 2014 foi uma diminuição na demanda, em algumas capitais, por parte da população.
Com queda nas vendas ou não, o cuidado ainda deve prevalecer ao procurar um imóvel. Economistas indicam que deve ser levado em conta quem realmente está precisando do imóvel, para assim não comprar por impulso, ainda se toda a família (caso more com pais) aceita comprar, e principalmente de olho na localização, pois algumas imobiliárias oferecem preços bons, mas com espaço geográfico que deixa a desejar.(D.V.)
Preços impressionam em todo o Brasil
São Paulo passou por um dos piores momentos do mercado imobiliário no primeiro semestre de 2014, a situação mudou somente de agosto a setembro quando o mercado reagiu, fazendo com que corretores ficassem de plantão para qualquer movimentação de possíveis clientes.
Ainda assim, especialistas afirmam que 2014 está sendo pior do que ano passado, tanto nas vendas, quanto em número de lançamentos. Uma das causas seria a Copa do Mundo, e logo em seguida as eleições.
Segundo dados, de janeiro a setembro de 2014 foram vendidos cerca de 14.374 imóveis novos na cidade de São Paulo, 43,8% menos do que nos nove primeiros meses do ano passado.
No Rio de Janeiro não é tão diferente, os imóveis não valorizavam tão pouco em um mês desde o ano de 2008.
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