O diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) Nelson Hubner disse nesta terça-feira (22) que "de jeito nenhum vai faltar luz na Copa" do Mundo de 2014. Hubner fez o comentário, pouco antes de entrar em uma reunião na agência, em resposta à matéria publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com um relatório da agência finalizado em dezembro e obtido pelo jornal, o fornecimento de luz para o evento esportivo está ameaçado em boa parte das cidades-sede, diferentemente do que vem sustentando o governo.
O documento da Aneel afirma que é necessária a "urgente aceleração do ritmo de implantação das obras". E prevê, aliás, a adoção de "soluções de engenharia alternativas" caso os empreendimentos não fiquem prontos. Elas não são especificadas.
A menos de um ano e meio da abertura dos jogos, mais da metade dos 163 empreendimentos necessários para garantir o fornecimento de energia está atrasada, segundo o documento.
Apenas 2 das 12 capitais que receberão partidas estão com as obras totalmente em dia: Fortaleza e Recife.
Em todas as demais --Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Manaus, Cuiabá, Natal e Curitiba-- há atrasos em relação ao cronograma definido pelo governo.
Na lista de empreendimentos há novas linhas de transmissão e de distribuição, além da ampliação e da modernização de subestações de energia. As obras visam evitar apagões tanto nos estádios quanto nos aeroportos e nas ruas das cidades.
As capitais que mais preocupam são Porto Alegre e Brasília. No caso da capital do país, o risco é que haja problemas já na Copa das Confederações, em junho deste ano.
O Ministério de Minas e Energia afirmou, por meio de nota, que "monitora a implantação das obras de distribuição" e que elas "estarão concluídas antes da Copa".