A ex-professora Sonia Regina Guimarães, de 68 anos, tornou-se novamente o centro das atenções após uma declaração enigmática sobre uma denúncia antiga que fez à Polícia Civil de São Paulo. Em entrevista, Sonia se recusou a comentar sobre uma acusação que remonta aos anos 2000, quando relatou ter sido inserida como sócia de uma empresa sem seu conhecimento. O caso está ligado ao Mercante de Papéis, uma companhia vinculada ao império da família Feffer, proprietária da Suzano, maior fabricante de celulose do mundo.
dívida tributária milionária
O conflito surgiu quando Sonia recebeu uma notificação da Receita Federal sobre uma dívida tributária milionária do Mercante de Papéis, empresa associada à Suzano. Na época, Sonia alegou desconhecimento da empresa e afirmou que seu nome foi utilizado de forma fraudulenta. O caso envolveu uma complexa trama de fraudes e manipulações que se desdobrou em investigações criminais e culminou na falência do Mercante de Papéis. Lisabeth Sander, herdeira da família Feffer e figura central da história, acabou sendo uma das principais envolvidas.
rastro de dívidas não quitadas
Lisabeth, que fundou o Mercante de Papéis nos anos 80, herdou uma significativa fortuna após a morte de sua mãe, Fanny Feffer, em 2017. A empresa, que prosperou inicialmente como distribuidora para a Suzano, enfrentou dificuldades financeiras e foi desativada no final dos anos 2000. A Nova Mercante, sucessora do Mercante de Papéis, também enfrentou problemas financeiros e pediu recuperação judicial em 2013. Denúncias apontam que Lisabeth deixou um rastro de dívidas não quitadas e envolvimento questionável com a Nova Mercante.
estratégias para atrasar investigações
O desdobramento mais recente envolve a recuperação judicial da Nova Mercante e uma investigação sobre a confusão patrimonial entre a nova e a antiga empresa. O administrador judicial atual, Antonio Puchinelli, denunciou Lisabeth por não quitar dívidas da antiga empresa e por uma suposta confusão entre os ativos das duas companhias. Documentos revelados mostram estratégias para atrasar investigações e evitar audiências judiciais, alimentando ainda mais a controvérsia em torno da falência das empresas.
má gestão e fraude
A Suzano, por sua vez, afirmou não ter envolvimento nas disputas judiciais e se posicionou como mera credora da Nova Mercante. A empresa ressaltou que todas as suas ações são conduzidas de forma transparente e legal. Já Lisabeth e seus representantes negam as acusações de má gestão e fraude, alegando que as ações dos novos sócios da Nova Mercante são infundadas e não refletem a realidade das operações da empresa.
A situação continua a evoluir com novos desenvolvimentos e investigações em curso. O caso destaca as complexas interações entre grandes corporações e as manobras legais que podem impactar a reputação e as finanças das partes envolvidas. As autoridades seguem acompanhando as denúncias e o desdobramento da situação jurídica envolvendo a Suzano e a Nova Mercante.
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