A OGX, petroleira de Eike Batista, acertou na terça-feira os termos iniciais de um acordo para aporte imediato de US$ 200 milhões na companhia, mas, para garantir o empréstimo, foi preciso demitir o então presidente da empresa, Luis Carneiro, que deixou o cargo ontem, de acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo publicadas nesta quarta-feira. O jornal não revelou o grupo que seria responsável pela empréstimo.
Conforme a publicação, a demissão foi uma das condições para o acordo. O diretor jurídico, José Roberto Faveret, também deixou o cargo, mas o restante da área técnica será mantida. A empresa anunciou por meio de fato relevante que o executivo Paulo Narcélio Simões Amaral assumirá o comando da petroleira, acumulando os cargos de diretor financeiro e de relações com investidores. Os US$ 200 milhões serão utilizados no desenvolvimento dos campos de Tubarão Martelo e do BMS-4, na bacia de Santos (SP). O capital seria utilizado para alavancar a produção da petroleira. A OGX precisa controlar a crise de confiança que fez as ações da companhia perderem 92% do valor neste ano. A recuperação é fundamental para que a empresa consiga pagar as dívidas ? segundo o jornal a OGX deve cerca de US$3,6 bilhões apenas em pagamento de bônus.