A taxa de desemprego no Brasil foi de 14,3% no trimestre de agosto a outubro deste ano e atingiu 14,1 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados na manhã de hoje e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com informações do Uol.
Na comparação com o trimestre anterior (maio a julho), houve aumento de 0,5 ponto percentual (13,8%). Já em comparação com o mesmo trimestre de 2019, são 2,7 pontos percentuais a mais (11,6%).
A população desocupada cresceu 7,1% (mais 931 mil pessoas à procura de emprego no país) frente ao trimestre anterior e aumentou 13,7% — 1,7 milhão de pessoas a mais — em relação ao mesmo trimestre de 2019.
População ocupada chega a 84,3 milhões Além do aumento no número de pessoas à procura de emprego, houve alta de 2,8% na população ocupada, que chegou a 84,3 milhões de pessoas. Segundo Adriana Beringuy, analista da pesquisa, o cenário pode estar relacionado ao retorno das pessoas que estavam em afastamento.
"Nesse trimestre percebemos uma redução da população fora da força de trabalho e isso pode ter refletido no aumento de pessoas sendo absorvidas pelo mercado de trabalho e também no crescimento da procura por trabalho", explicou.
Apesar do aumento no número de pessoas ocupadas em comparação ao trimestre anterior, ainda há queda na ocupação e aumento na população fora da força quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado.
"Se compararmos com o mesmo trimestre do ano anterior, temos uma população ocupada que é menor em quase 10 milhões de pessoas e um aumento de 12 milhões na população fora da força. Então esse pode ser um início de uma recomposição, mas as perdas acumuladas na ocupação durante o ano ainda são muito significativas", afirma Adriana. Número de empregados sem carteira e um aumento de 12 milhões na população fora da força. Então esse pode ser um início de uma recomposição, mas as perdas acumuladas na ocupação durante o ano ainda são muito significativas", afirma Adriana.
Número de empregados sem carteira aumenta
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado aumentou 9% em relação ao trimestre anterior e chegou a 9,5 milhões. Já o contingente dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ cresceu em 918 mil no trimestre encerrado em outubro.
A taxa de informalidade chegou a 38,8% da população ocupada, o que representa 32,7 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, essa taxa foi de 37,4%. Já o nível da ocupação ficou em 48% — apesar do aumento de 0,9 ponto percentual frente ao trimestre anterior (47,1%), menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada.
Desalento
O contingente de pessoas desalentadas — que não buscaram trabalho, mas gostariam de conseguir uma vaga e estavam disponíveis — foi estimado em 5,8 milhões, ficando estável em relação ao último trimestre.
No entanto, ao ser comparado com o mesmo trimestre do ano anterior, o aumento é de 25%.