O desemprego na zona do euro em julho permaneceu em uma máxima recorde de 12,1%, a mesma de junho, com o forte contraste entre países como Alemanha e Espanha, mostrando que a melhora não está sendo sentida em todos os lugares, divulgou nesta sexta-feira (30) a Eurostat, agência de estatística da região.
Enquanto apenas pouco mais de 5% dos trabalhadores na Alemanha estavam desempregados, de acordo com a Eurostat, o número alcançou quase 28% na Grécia (dado de maio) e ultrapassou 26% na Espanha, diz a agência Reuters.
Com isso, o número de desempregados na zona do euro ficou em 19,2 milhões em julho, uma queda de 15 mil sobre junho, mas uma alta de 1 milhão sobre o mesmo mês do ano passado.
Inflação
Em relatório separado, a agência de estatísticas da UE informou que a inflação anual ao consumidor em agosto será estimada em 1,3%, uma queda ante o dado de 1,6% no mês anterior, devido principalmente a recuo nos preços da energia.
Confiança dos gerentes
Enquanto isso, o otimismo em relação à economia da zona do euro melhorou com força em agosto, diz a Reuters.
Em outra divulgação desta manhã, a confiança dos gerentes empresariais consultados pela Comissão Europeia subiu pelo quarto mês seguido na zona do euro.
A tendência positiva foi particularmente forte na Alemanha e Holanda, mas também apareceu na Itália, França e Espanha.
A medida de confiança em todo o bloco em agosto, com base em encomendas empresariais, confiança industrial e outros fatores como os planos de contratação das empresas, aumentou 2,7 pontos, para 95,2.
O aumento da confiança inspirou alguns a prever que os 17 países que usam o euro superaram uma crise que foi provocada pelo investimento de bancos em dívida hipotecária arriscada e depois levou alguns Estados à beira da falência.
"A fase mais forte da crise e o período mais duro do aperto de cintos está para trás", disse Dirk Schumacher, economista do Goldman Sachs.