Desemprego no país sobe para 11,2% em março, diz Seade/Dieese

Segundo o Dieese/Seade, o crescimento veio dentro do esperado para esta época do ano.

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A taxa de desemprego subiu de 10,5% para 11,2% em março, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta quarta-feira.

Segundo o Dieese/Seade, o crescimento veio dentro do esperado para esta época do ano. Este é o menor número para o mês de março, considerando a série histórica iniciada em 2001. Em março de 2010, o desemprego era de 13,1%.

Remuneração média cai 0,8% em março no Brasil, aponta Dieese

Entre março de 2010 e março deste ano, a quantidade de pessoas empregadas cresceu 2,6% --a menor expansão registrada nos últimos 12 meses. Neste período foram criadas 486 mil vagas e o número de desempregados caiu em 492 mil pessoas.

O número de desempregados cresceu em 133 mil em março, resultado da eliminação de 207 mil postos de trabalhos e da redução da PEA (População Economicamente Ativa) em 73 mil pessoas (num total de 21, 9 milhões).

A taxa de desemprego cresceu em São Paulo (11,3%), Salvador (15,7%), Distrito Federal (13,4%), Fortaleza (9,3%), Belo Horizonte (8,5%). Manteve-se relativamente estável em Porto Alegre (7,4%), e não variou em Recife (13,9%).

RENDIMENTO MÉDIO

O rendimento médio real dos ocupados (descontada a variação inflação) caiu 0,8% para R$ 1,377 e dos assalariados caiu 0,7%, para R$ 1.437.

A alta da inflação -- já que a remuneração apurada tem descontada o impacto inflacionário -- impactou no rendimento médio. Atualmente, o IPCA --índice oficial de inflação-- está acumulado em 6,01%, e a projeção do mercado é de que baterá 7% em agosto.

Segundo o Dieese, esse foi o quarto mês consecutivo de queda no rendimento médio. Na comparação com o últimos 12 meses, no entanto, o departamento considera que o crescimento da remuneração continua elevado, com alta de 5,1% no período.

A remuneração caiu em São Paulo (para R$ 1.491), no DF (R$ 2.041), em Porto Alegre (R$ 1.388) e Salvador (R$ 1.085). Em outras capitais, houve alta: Belo Horizonte (R$ 1.381), Recife (R$ 950) e em Fortaleza (R$ 877).

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