A taxa de desemprego aumentou de 9,5%, em janeiro, para 10,3% da população economicamente ativa (PEA), em fevereiro, nas seis regiões metropolitanas avaliadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), produzida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Essa taxa é a mesma registrada em fevereiro do ano passado e a terceira mais elevada desde janeiro de 2009, quando começou a série do conjunto pesquisado, movimento considerado ?típico? para o período, segundo nota do Dieese e da Fundação Seade. Em fevereiro de 2011, a taxa tinha alcançado 10,4% e em janeiro de 2009 10,6%.
À exceção da região metropolitana de Porto Alegre, onde a taxa manteve-se estável, passando de 5,7% para 5,6%, ocorreram aumentos da taxa de desemprego em todas as regiões pesquisadas: Belo Horizonte (de 6,7% para 7,7%); Fortaleza (7,3% para 7,7%); Recife ( de 11,3% para 12,2%); Salvador ( de 17% para 17,7%) e São Paulo ( de 9,6% para 10,6%).
O total de desempregados foi calculado em 2,158 milhões de pessoas, contingente com acréscimo de 174 mil em relação a janeiro último e 33 mil a mais do que em igual mês do ano passado. Esse aumento é resultado de um corte de 119 mil vagas e a entrada de 55 mil pessoas no mercado de trabalho.
No entanto, no período de 12 meses até fevereiro, o nível de ocupação aumentou 0,8% com a criação de 140 mil novos empregos, ficando acima do total de novos concorrentes do mercado (173 mil pessoas). O levantamento indica ainda a variação do ganho médio relativo ao mês de janeiro, período em que o rendimento médio dos ocupados diminuiu 1,2%, atingindo R$ 1.668,00. Já no caso dos assalariados, o valor manteve-se estável em R$ 1.690,00.