Presidente Dilma: “Brasil pode aumentar participação no FMI”

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, participa das reuniões

O encontro de ministros de Finanças e banqueiros centrais do G20 | Divulgação
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A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o Brasil poderá aumentar sua partipação no Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante cerimônia com governadores da região Sul em Porto Alegre, a presidente afirmou também que jamais aceitará que o FMI imponha a países em crise critérios que foram impostos ao Brasil quando precisou recorrer a recursos do Fundo.

O encontro de ministros de Finanças e banqueiros centrais do G20 começa nesta sexta-feira em Paris, em busca de uma solução da crise de dívida da zona do euro. O corte do rating da Espanha pela S&P na véspera, embora apenas tenha seguido o movimento da Fitch na semana passada, foi mais um alerta sobre os riscos envolvendo uma economia muito maior do que a Grécia.

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, participa das reuniões. No início da semana, ele também afirmou que um possível reforço ao Fundo Monetário Internacional (FMI) seria discutido no encontro. "Lá (na França) teremos a ocasião de detalhar essas questões, como por exemplo um reforço do Fundo Monetário para que ele tenha mais recursos para poder enfrentar a situação desses países."

Entenda

No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.

A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.

Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.

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