A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o Brasil terá crescimento "sério, sustentável e sistemático" em 2013, em meio a preocupações sobre a retomada da economia. Dilma espera que a economia do País se recupere em 2013, após um 2012 ruim, ano em que a expansão deve ser de cerca de 1%, apesar da série de incentivos anunciados pelo governo e a redução da Selic à mínima histórica de 7,25% ao ano.
A crise internacional é um dos fatores apontados pelo governo para o mau desempenho, que defende que a recuperação já está em curso. "2013 será um ano em que nós teremos aquele crescimento sério, sustentável e sistemático", disse Dilma em cerimônia em São Julião, no Piauí, onde visitou obras de uma adutora. "2013 vai ser o ano que nós vamos colher muitas coisas que nós plantamos. Vai ser o ano em que nós vamos plantar ainda mais do que iremos colher", disse.
Entre as medidas tomadas pelo governo, estão a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para produtos da chamada linha branca e automóveis e a desoneração de folha de pagamento em diversos setores. No final do ano passado, Dilma disse esperar que as medidas tivessem seus efeitos plenos neste ano.
Além do desafio de fazer o País crescer, a presidente Dilma enfrentou ainda no início deste ano desconfiança em torno da garantia do abastecimento de energia, em meio aos menores níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país em dez anos. Horas antes de Dilma chegar ao Piauí, um defeito em um transformador da Chesf ocasionou a interrupção do fornecimento de energia em 33 municípios no Piauí, inclusive toda a capital, Teresina.
Dilma disse que o governo espera que o País cresça, mas com resultados que melhorem a vida da população. "Queremos crescer, mas garantido que não só a economia que cresça, as obras, os edifícios. Nós queremos que o povo brasileiro cresça, que o emprego cresça e, sobretudo, é um compromisso muito forte do meu governo, que a educação de qualidade cresça no nosso País".
A presidente disse que o fortalecimento do mercado interno e o aumento do consumo no País são importantes, mas ressaltou que o Brasil só será uma grande nação quando tiver a educação e a produção de conhecimento como seu maior patrimônio.
"Só iremos pelo caminho certo se alfabetizarmos crianças na idade certa e valorizarmos professores", completou a presidente, defendendo a destinação dos royalties do petróleo para a educação. "Esse dinheiro tem de ir para aquilo que garantirá, no horizonte de 2020, de 2030, a nossa riqueza como nação. Tem de ir para a educação, para melhorar a qualidade e garantir educação em tempo integral, e garantir que aqueles que queiram fazer universidade possam fazer".