A presidente Dilma Rousseff se reunirá nesta sexta-feira (1º) no Palácio do Planalto, em Brasília, com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, para que os países possam estreitar as relações econômicas, com foco no aumento do fluxo comercial, e diplomáticas, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores.
O Japão é considerado pela diplomacia brasileira o sexto principal parceiro econômico no mundo e o segundo na Ásia, atrás da China. O fluxo comercial entre os países em 2013 somou US$ 15 bilhões e gerou ao superávit brasileiro de US$ 882 milhões.
Atualmente, segundo dados do Palácio do Itamaraty, vivem no Brasil 1,6 milhão de cidadãos com origem japonesa ? a maior parte se concentra no estado de São Paulo.
Segundo informou a Presidência da República, Shinzo Abe será recebido na rampa principal do Palácio do Planalto por Dilma e participará de cerimônia no Salão Nobre. O primeiro-ministro japonês e a presidente assistirão à execução dos hinos dos países pelo Batalhão da Guarda Presidencial e seguirão para a chamada reunião ampliada, da qual participam ministros. Em seguida, haverá declaração à imprensa sobre o que foi discutido no encontro.
Acompanhado de delegação de empresários, Abe embarcará ainda nesta sexta para São Paulo, onde se reunirá com 26 executivos brasileiros e 35 dirigentes de empresas japonesas. O encontro foi organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Nippon Keidanren, entidade equivalente no país asiático.
De acordo com o Itamaraty, o Japão é considerado "investidor tradicional" nos setores portuário e petrolífero. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Dilma e o primeiro-ministro também deverão tratar dos 120 anos do Tratato da Amizade, Comércio e Navegação, que serão comemorados em 2015. O acordo estabeleceu, oficialmente, em 1895, as relações diplomáticas entre Brasil e Japão.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, os investimentos japoneses têm aumentado nos últimos cinco anos. Em 2008, por exemplo, foi injetado no Brasil US$ 1 bilhão e em 2011, a quantia subiu para US$ 7,5 bilhões.