A distribuição da atividade econômica brasileira apresentou melhora entre 1995 e 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (14). As mudanças, no entanto, não foram suficientes para mudar o perfil regional brasileiro.
Entre os estados, as quatro primeiras posições em participação no PIB não sofreram alteração. Ainda em primeiro lugar, São Paulo teve a maior perda de participação, de 37,3% em 1995 para 33,1% em 2008. Nenhum outro estado teve variação acima de 0,7 ponto percentual.
Da mesma forma, os quatro estados com menor participação no PIB nacional eram os mesmos em 1995 e 2008: Tocantins (0,4%), Amapá (0,2%), Acre (0,2%) e Rondônia (0,2%).
?Em suma, houve certa desconcentração da atividade econômica, mas ela foi incapaz de mudar substancialmente o perfil regional brasileiro. Isso sugere que distribuição da atividade econômica no território nacional advém de mecanismos econômicos que garantem a estabilidade do sistema, ao menos no curto período aqui examinado?, diz o Ipea em nota.
Entre as regiões, o Sudeste perdeu 3 pontos percentuais de participação, passando de 59,1% para 56% no período analisado. As demais regiões apresentaram aumento na participação, sendo que o maior incremento, em pontos percentuais, foi o da região Nordeste, com um acréscimo de 1,1 ponto, para 13,1%.
PIB per capita
Em 1995, a região Sudeste tinha um PIB per capita 39% maior do que a média nacional, caindo para 33% em 2008. Já para o Nordeste o valor era, em 1995, 58% abaixo da média nacional. Ao final da série, estava 53% abaixo da média.
?Ao ritmo do período examinado, o PIB per capita do Nordeste só chegaria à marca de 75% do valor nacional ao redor do ano de 2074?, avalia o Ipea.