O dólar abriu em forte alta nesta terça-feira (17), com investidores reagindo à ata da última reunião do Copom e ao cenário fiscal no Brasil. Após elevar a Selic para 12,25% ao ano, o Copom indicou que outras altas de 1 ponto percentual podem ocorrer em 2025, levando a taxa para 14,25% ao ano.
No documento, o BC aponta que a alta do dólar e a percepção negativa sobre o pacote de corte de gastos do governo foram fatores chave para a elevação da Selic e a previsão de novos aumentos. O pacote, que visa economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, ainda não foi votado no Congresso, e o governo busca sua aprovação antes do recesso parlamentar.
O que está mexendo com os mercados?
Um dia após intervir na taxa de câmbio com vendas de dólares, o BC sinalizou que continuará elevando a Selic para conter a inflação, influenciada pelo dólar. Em relação ao pacote fiscal do governo, que gerou tensão no mercado, o BC afirmou que a percepção dos agentes econômicos impactou os preços de ativos, o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio.
O quadro fiscal do Brasil segue no radar dos investidores. Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente Lula, que recebeu alta hospitalar após cirurgia. Durante o encontro, Haddad discutiu a reforma tributária e o pacote de cortes de gastos, destacando o pedido de Lula para que as medidas não sejam enfraquecidas pelos parlamentares.