SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar abriu em forte alta contra o real nesta sexta-feira (1º), ultrapassando a marca de R$ 5,30, com investidores reagindo à aprovação pelo Senado na véspera de PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estabelece um estado de emergência para ampliar e criar novos auxílios sociais, enquanto temores internacionais de recessão colaboravam para a busca por segurança.
Às 11h15, a moeda norte-americana subia 1,99%, vendida a R$ 5,3366. Na máxima até o momento, chegou a R$ 5,3282.
A última vez que o dólar superou o patamar de R$ 5,30 foi no dia 4 de fevereiro, quando fechou a R$ 5,3206.
Na B3, às 9h06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,70%, a R$ 5,3330.
Nesta quinta-feira (30), o indicador de referência da Bolsa de Valores brasileira caiu 1,08%, a 98.541 pontos. No fechamento do segundo trimestre de 2022, o Ibovespa afundou 17,88%. Esse foi o pior resultado desde o mergulho de 36,86% apurado no encerramento do primeiro trimestre de 2020.
Com queda mensal de 11,5%, o Ibovespa também teve em junho o seu pior mês desde o tombo de 29,9% em março de 2020.
O dólar comercial à vista obteve o maior ganho mensal desde março de 2020. O salto em junho foi de 10%, enquanto a alta no mês marcado pelo início da pandemia chegou perto dos 16%.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 também terminou o trimestre com um tombo perto dos 18% e, assim como o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Nova York teve o seu pior resultado desde a queda de 20% no início da pandemia.
Para enfrentar a maior inflação em quatro décadas, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) vem acelerando a escalada dos juros no país, ampliando temores de que esse aperto ao crédito poderá provocar recessão no país, prejudicando toda a economia mundial.