Depois de ensaiar uma tentativa de recuperação nos últimos dois dias, o dólar voltou a cair nesta sexta-feira (8), atingindo a menor cotação desde setembro de 2008. A moeda americana fechou o dia vendida a R$ 1,667, queda de 1,12%.
Na véspera, o dólar teve 0,23% de valorização e, na quarta-feira, a alta foi de 0,42%. Na semana, a moeda americana acumula queda de 0,83% e, no ano, a baixa chega a 4,36%.
A perspectiva de que o Federal Reserve ofereça mais estímulos à economia dos Estados Unidos provocou a baixa do dólar nesta sexta-feira, acompanhando a forte alta das commodities.
O fechamento inesperado de 95 mil postos de trabalho nos EUA em setembro reforçou a expectativa de que o banco central do país decida aumentar a oferta monetária a partir da próxima reunião, em novembro, com o objetivo de estimular o crescimento econômico .
Embora o dado não tenha proporcionado uma forte queda do dólar ante o euro, após várias semanas de desvalorização, foi suficiente para empurrar para cima materiais básicos como o ouro e o petróleo.
"As commodities estão subindo bastante. (O mercado local) está acompanhando lá fora", disse Danilo Campos, operador de câmbio da corretora Flow.
Na avaliação de analistas do banco BTG Pactual, a alta "surpreendente" das commodities --que compõem boa parte do superávit comercial do país -- em setembro foi um dos fatores que provocou a redução da estimativa para o dólar no fim de 2011, de R$ 1,77 a R$ 1,73. Eles ponderaram em relatório, no entanto, que "a incerteza sobre o futuro das influências externas é a principal ressalva às projeções".