Dólar fecha em alta a R$ 5,46 e atinge maior patamar já registrado no governo Lula

O dólar fechou em alta, atingindo R$ 5,46, o maior valor desde julho de 2022. O Copom manteve a taxa Selic em 10,50%. A decisão foi bem recebida pelo mercado.

Dólar fecha em alta, atingindo o maior valor desde julho de 2022 | AFP
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Nesta quinta-feira (20), o dólar reverteu sua tendência negativa pela manhã e fechou em alta, alcançando R$ 5,46. Este é o maior valor registrado desde julho de 2022 e também o mais alto durante o governo Lula 3.

Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira (B3), encerrou o dia em alta, refletindo o cenário misto de expectativas no mercado financeiro.

DÓLAR

O movimento de valorização acompanhou o avanço da moeda no exterior, em um dia marcado pelo aumento dos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano). Investidores também reagiram às declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil.

TAXA SELIC

Na decisão de ontem (19), o Copom optou por manter a Selic, taxa básica de juros, em 10,50% ao ano. A unanimidade entre os dirigentes do comitê em manter os juros nesse patamar foi bem recebida pelo mercado, que esperava uma resposta firme diante da aceleração da inflação e da recente valorização do dólar.

JUROS ALTOS

A alta do dólar, no entanto, não se deveu apenas a fatores domésticos. No dia seguinte a um feriado nos Estados Unidos, as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, voltaram a subir. Juros altos em economias avançadas estimulam a migração de capitais de países emergentes, como o Brasil. 

CORTE NAS TAXAS DE JUROS

Analistas previam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deveria iniciar um ciclo de corte nas taxas no começo do ano, o que não aconteceu. Agora, o mercado espera que isso ocorra somente uma vez nos últimos três meses de 2024, tendo em vista que a economia dos Estados Unidos se mostrou resiliente durante todo o primeiro semestre.

Com informações da Reuters via Agência Brasil

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