Nesta terça-feira, 11 de abril, o dólar registrou uma queda, ficando abaixo de R$ 5 pela primeira vez em dois meses. A reação positiva do mercado foi impulsionada pelos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março.
O IPCA, que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,71% em março, resultado abaixo das expectativas dos analistas econômicos. Essa desaceleração significativa da inflação fez com que o dólar abrisse em queda, sendo cotado a R$ 4,99, o menor valor em dois meses. Além disso, a bolsa de valores também operou em alta, chegando aos 105 mil pontos na abertura, e se mantendo em torno de 104,6 mil pontos ao longo do dia.
O resultado do IPCA também impactou nas expectativas em relação à taxa básica de juros, a Selic, que está atualmente em 13,75%. Com a inflação acumulada em 12 meses ficando em 4,65%, o menor índice registrado em mais de dois anos desde janeiro de 2021, quando ficou em 4,56% no acumulado em 12 meses, espera-se uma possível baixa na taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Outro fator que contribuiu para a queda do dólar foi o aumento na entrada de dólares no Brasil, registrando um saldo positivo de US$ 12,524 bilhões, o maior desde 2012, de acordo com dados do Banco Central.
Além disso, o novo arcabouço fiscal anunciado pelo Ministro da Economia, Fernando Haddad, também foi bem recebido pelos economistas e até mesmo pela oposição. Esse conjunto de medidas tem como objetivo fortalecer a política fiscal do país e trazer mais estabilidade para a economia brasileira, o que também influenciou positivamente o mercado financeiro.
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Com a queda do dólar e a alta na bolsa de valores, os investidores estão demonstrando otimismo em relação à economia brasileira e às perspectivas de redução da inflação e da taxa de juros. No entanto, é importante acompanhar de perto os desdobramentos econômicos e políticos para entender como essas variáveis podem impactar o mercado financeiro nos próximos meses.