O dólar está em alta nesta quarta-feira (19), alcançando o patamar de R$ 5,45 nas primeiras horas de negociação, enquanto investidores aguardam a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).
A expectativa é que o Copom mantenha a taxa Selic, a taxa básica de juros, inalterada em 10,50% ao ano, em um momento em que a inflação acelera no país, impulsionada pelo aumento nos preços dos alimentos e pelo dólar alto.
Por sua vez, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, está em queda, influenciado pelos mesmos fatores.
DÓLAR
Às 10h45, o dólar registrava uma alta de 0,65%, sendo cotado a R$ 5,4686. No pico do dia, a moeda atingiu R$ 5,4701. No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,22%, fechando a R$ 5,4335, com a máxima do dia alcançando R$ 5,4444. Com esse desempenho, o dólar mantém-se no nível mais alto desde 4 de janeiro de 2023, quando fechou a R$ 5,4523.
O QUE ESTÁ MEXENDO COM O MERCADO?
O principal destaque do dia é a reunião do Copom. A expectativa geral é que o Banco Central mantenha a taxa de juros em 10,50% ao ano, mas o mercado está ansioso por mais detalhes que serão divulgados no comunicado da instituição após a reunião.
Os investidores também estão reagindo às declarações feitas ontem pelo presidente Lula, que criticou novamente a postura do Banco Central em relação aos juros, afirmando que o país não precisa de uma taxa tão elevada.
Lula disse que o BC é a "única coisa desajustada" no Brasil e que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, "trabalha para prejudicar o país".
"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está", afirmou Lula, em entrevista à Rádio CBN.