Dólar recua e encerra 1º pregão de 2025 a R$ 6,16; Ibovespa recua

Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, também recuou 0,13%, registrando 120.125 pontos, em um dia de baixa movimentação devido ao período de festas de fim de ano.

Dólar tem leve queda no primeiro dia útil do ano | Valter Campanato/Agência Brasil
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No primeiro pregão de 2025, o dólar encerrou a quinta (2) em leve queda de 0,28%, cotado a R$ 6,1624. Apesar da retração, a moeda norte-americana acumula alta expressiva de quase 28% em 2024, o maior avanço anual desde o auge da pandemia, em 2020. Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, também recuou 0,13%, registrando 120.125 pontos, em um dia de baixa movimentação devido ao período de festas de fim de ano.

Contexto externo

O mercado repercutiu dados dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que vieram abaixo das expectativas, reforçando as incertezas sobre o rumo da economia global. Além disso, o crescimento econômico da China, reportado em desaceleração, adicionou mais um elemento de cautela ao cenário externo.

Equilíbrio fiscal

No Brasil, as atenções continuam voltadas ao quadro fiscal. Após o pacote de corte de gastos anunciado em novembro de 2024 frustrar expectativas, investidores permanecem céticos quanto à capacidade do governo de cumprir a meta de zerar o déficit público em 2025. Essa meta está vinculada ao novo arcabouço fiscal, que estabelece normas para controlar as contas públicas.

Pacote

O aumento das preocupações fiscais reflete diretamente na cotação do dólar. Sem medidas robustas para conter os gastos, a percepção de risco em relação à dívida pública brasileira aumenta, tornando o país menos atrativo para investidores estrangeiros. A combinação de juros elevados em economias desenvolvidas e a percepção de risco fiscal doméstico tem intensificado a pressão sobre o real.

Conflitos

Fatores externos também contribuíram para o desempenho do dólar em 2024. Conflitos internacionais, a eleição de Donald Trump nos EUA e a alta dos juros norte-americanos impactaram o fluxo de capitais globais, penalizando moedas de mercados emergentes, como o real.

Bolsa

O Ibovespa, que acumulou queda de 10,36% no ano passado, segue sob influência do mesmo contexto fiscal e global. A manutenção da confiança do mercado dependerá de avanços concretos na política econômica do governo brasileiro e da evolução dos indicadores externos nos próximos meses.

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