O dólar fechou em forte em queda nesta quinta-feira (10), após o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar as expectativas e decidir manter a taxa básica de juros em 2% ano, com os agentes do mercado reagindo também à sinalização do Banco Central sobre a trajetória da taxa Selic.
A moeda norte-americana recuou 2,63%, cotada a R$ 5,0376. É o menor patamar de fechamento desde 10 de junho (R$ 4,9334). Veja mais cotações.
Na quarta-feira, o dólar subiu 0,92%, a R$ 5,1737. Na parcial do mês, acumula queda de 5,78%. No ano, contudo, ainda tem alta de 25,63%.
Cenário local e externo
Nos EUA, o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez aumentou mais do que o esperado na semana passada, já que novas infecções por Covid-19 causaram mais restrições às empresas, em mais evidências de que a pandemia e a falta de estímulo fiscal adicional estão prejudicando a economia.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 853 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 5 de dezembro, em comparação com 716 mil na semana anterior, atingindo o maior patamar desde setembro.
Já o Banco Central Europeu afrouxou a política monetária mais uma vez e ampliou seu programa emergencial de compra de ativos para ajudar a economia da zona do euro a lidar com a segunda onda da pandemia de coronavírus, que deve levar o bloco a uma nova recessão neste trimestre. O banco ainda deixou inalteradas as taxas de juros em mínimas recordes.
Na agenda doméstica, o IBGE divulgou o resultado das vendas no varejo de outubro, que apontou alta de 0,9%, no sexto mês seguido de crescimento.
Ainda na cena local, o Copom do Banco Central decidiu por unanimidade nesta quarta-feira (9) manter inalterada a taxa básica de juros. Essa foi a terceira vez seguida que o comitê decide manter a taxa de juros na mínima histórica de 2% ao ano.
Na avaliação da equipe do banco Modalmais, o comunicado do Copom indica que a taxa básica de juros permanecerá estável até o final do primeiro semestre.
O momento de desconfiança em relação à trajetória da dívida pública e as incertezas sobre a aprovação de medidas e reformas estruturais continuavam no radar, assim como o comportamento da inflação.