O dólar comercial fechou em queda de 0,39% nesta terça-feira (26), negociado a R$ 2,018 para a venda, na menor cotação para a moeda americana desde 2 de outubro, pouco depois do início do agravamento da crise financeira internacional.
A moeda americana acompanhou a melhora dos mercados financeiros. "O que a gente tem notado é que existe uma pressão baixista em cima do dólar por conta do grande fluxo de estrangeiros", disse Carlos Costa, consultor de gerenciamento de risco da FCStone Consultoria.
Dados divulgados pelo Banco Central mostraram que o Brasil acumula em maio entrada líquida de recursos externos de US$ 3,086 bilhões. O ingresso leva em conta dados até o dia 22 mas, caso maio já estivesse fechado, seria a maior entrada mensal desde abril de 2008, quando o saldo positivo ficou em US$ 6,723 bilhões.
Mais cedo, o dólar chegou a subir, refletindo um movimento global de valorização da moeda norte-americana, segundo José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora. Além disso, o lançamento de mísseis pela Coreia do Norte criou a sensação de instabilidade geopolítica no horizonte.
À tarde, entretanto, com a melhora no cenário externo, o dólar reduziu a alta em nível mundial.
BC e giro financeiro
Nesta terça-feira, o Banco Central fez mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista, comprando cerca de US$ 151 milhões, segundo estimativas do mercado. A autoridade monetária tem feito esse tipo de operação em todas as sessões desde o último dia 8.
Na roda de pronto da BM&F, os últimos dados mostravam que o volume negociado girava em torno de US$ 4,4 bilhões. De acordo com operadores, o giro interbancário era de US$ 4,74 bilhões. Na véspera, esse valor foi de US$ 499 milhões, devido a feriado nos EUA.