Depois de uma manhã com instabilidade, o dólar opera em queda nesta quarta-feira (22), e chegou a vendido abaixo de R$ 3.
Por volta das 15h15, a moeda norte-americana caía 0,64%, cotada a R$ 3,0078 na venda. Mais cedo, chegou a ser cotada a R$ 2,9981. O dólar fechou abaixo dos R$ 3 pela última vez em 4 de março, a R$ 2,9807.
"O mercado está mais estável e o movimento da sessão reflete operações pontuais de entrada que fizeram o dólar cair", disse à Reuters o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
O mercado aguarda a divulgação dos resultados auditados do terceiro e quarto trimestres do ano passado da Petrobras, previsto para após o fechamento dos mercados nesta quarta-feira.
"O foco hoje deve ser sobre a divulgação do fortemente esperado resultado da Petrobras e as estimativas de custo dos problemas de corrupção", informou o Scotiabank em relatório enviado a clientes.
Além da expectativa pelos resultados da Petrobras, o mercado acompanha ainda a votação de medidas importantes no Congresso. A expectativa é que o Congresso pode votar ainda nesta sessão a Medida Provisória 665, que altera regras de acesso a benefícios trabalhistas.
O Plenário da Câmara volta a analisar destaques ao projeto da terceirização nesta tarde, enquanto o Plenário do Senado deve analisar projeto sobre a indexação da dívida de Estados e municípios.
"O dia está bem recheado de situações locais que ajudam a manter cautela", disse à Reuters o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.
Histórico
Além da expectativa por acontecimentos locais, o dólar se aproxima da barreira dos R$ 3, patamar onde encontra resistência para continuar caindo e atrai compras.
O dólar fechou abaixo dos 3 reais pela última vez em 4 de março. Nas duas semanas seguintes, contudo, o dólar entrou em ascensão até fechar na máxima em quase 12 anos em 19 de março, a R$ 3,296.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a R$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total.