O mercado de cimento, a m?dio prazo, dever? estar mais aquecido no Cear?, fazendo com que a economia local tamb?m ganhe mais for?a. Depois de instalada a nova f?brica da Votorantim, a maior do ramo no Pa?s, no Complexo Industrial e Portu?rio do Pec?m (j? existe uma unidade em Sobral), o Estado acaba de garantir mais duas cimenteiras em seu territ?rio. As f?bricas ser?o implantadas por duas empresas cearenses de grande porte, que resolveram diversificar o seu mercado de atua??o e investir, cada uma, R$ 250 milh?es nos empreendimentos.
Em um momento em que vem sendo anunciados diversos projetos considerados estruturantes no Estado, ? preciso se estabelecer uma compara??o para se ter uma id?ia do tamanho de um novo projeto por aqui. Representando um aporte de meio bilh?o de reais, as duas cimenteiras, juntas, investir?o, na sua instala??o, mais do que ser? necess?rio para a implanta??o da usina de energia solar, em Tau?, que ser? a segunda maior do mundo e ter? recursos de R$ 407 milh?es.
Com o dinheiro das cimenteiras, tamb?m, poderiam ser constru?das cerca de cinco novas usinas de biodiesel como a que foi anunciada na semana passada pela Petrobras em Quixad?, com a presen?a do Presidente Lula.
?S?o grandes f?bricas, que demoram de tr?s a quatro anos para se implantar?, informou o presidente da Ag?ncia de Desenvolvimento Econ?mico do Estado (Adece), Ant?nio Balhmann. Segundo ele, os projetos est?o em fase de formata??o jur?dica e financeira, mas, afirma, j? s?o investimentos garantidos, ?irrevers?veis?. As novas cimenteiras ser?o erguidas pelos grupos Ivens Dias Branco e Santana Textiles, nos munic?pios de Quixer? e Jaguaruana, respectivamente. A Santana, inclusive, j? dever? inaugurar uma mineradora (Okyta) tamb?m em Jaguaruana, em setembro. As f?bricas ter?o seu produto direcionado tanto para o mercado interno quanto para o externo. A entrada dos grupos ir? fortalecer a concorr?ncia no setor, que s? conta com 10 grupos atuando no Pa?s.
?S?o investimentos importantes, porque s?o feitos no Interior?, destaca Balhmann. Para realizar a exporta??o do produto, o Porto do Pec?m precisar? ser recondicionado, mas a amplia??o j? em curso para a entrada de outros empreendimentos, como sider?rgica e refinaria, poder? beneficiar a atividade comercial cimenteira.
O presidente da Adece explica que o cimento poder? ser transportado pelas esteiras que ser?o constru?das para o transporte de min?rio em coque e carv?o. Balhmann n?o soube precisar, no momento, o volume de empregos a serem gerados, nem a capacidade instalada desses empreendimentos, entretanto, segundo o Sindicato Nacional da Ind?stria do Cimento (SNIC), a escala m?nima nas unidades industriais ? de 1 milh?o de toneladas/ano .