O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reafirmou em S?o Paulo, nesta ter?a-feira (30), que, embora o Brasil v? sentir os efeitos da crise internacional, o pa?s est? preparado para enfrentar a turbul?ncia.
Segundo o ministro, ? importante que as autoridades mantenham a calma nos momentos de crise. "Estamos preparados para agir e tomar as medidas necess?rias com serenidade. Medidas precipitadas, no calor dos acontecimentos, tendem a ser equivocadas".
"A crise ? s?ria. O que est? acontecendo ? impactante, importante, fundamental. O Brasil ? parte dos fluxos financeiros internacionais. Ent?o ? evidente que teremos impacto por aqui. Mas o importante ? que o Brasil aproveitou bem o per?odo favor?vel internacional para aumentar sua resist?ncia", disse ele.
Confian?a
Segundo o ministro, medidas como a redu??o da d?vida dom?stica atrelada ao d?lar ? segundo ele, o Brasil passou de uma posi??o de devedor de U$ 70 bilh?es em 2003 para uma situa??o de credor de US$ 16 bilh?es atualmente ? permitem que o pa?s n?o sofra os efeitos da eleva??o da cota??o da moeda norte-americana.
"Antes, quando t?nhamos uma crise de confian?a, isso gerava press?o sobre o c?mbio, o que alimentava a d?vida p?blica e aumentava a desconfian?a sobre a economia. Gerava um c?rculo vicioso. Hoje, como o Brasil ? credor, a press?o sobre o c?mbio faz com que a d?vida em reais diminua", apontou.
O ministro tamb?m destacou a import?ncia do aumento das reservas, que hoje est?o na casa dos US$ 207 bilh?es. "O Brasil construiu um colch?o que agora se torna extremamente importante". Segundo ele, esses recursos s?o mais de tr?s vezes o suficiente para cobrir a d?vida externa com pap?is que vencem em 12 meses.
Meirelles ressaltou ainda que o BC est? monitorando permanentemente o desenrolar dos acontecimentos no mercado financeiro e afirmou que a crise "? sujeita a altos e baixos, independentemente da aprova??o do pacote nos Estados Unidos. Ela gera efeitos na economia real, inicialmente no setor imobili?rio, e depois no setor financeiro".