A economia brasileira cresceu 0,5% no terceiro trimestre de 2010 em relação ao trimestre anterior, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta quinta-feira (9). O total de riquezas produzidas pelo país alcançaram um total de R$ 937,2 bilhões.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 6,7% entre julho e setembro.
De acordo com o IBGE, o setor de serviços, com expansão de 1% em relação ao segundo trimestre, foi o principal destaque no crescimento nessa comparação.
Na outra ponta, indústria (-1,3%) e agropecuária (-1,5%) apresentaram queda.
A expectativa do mercado era de que a modesta expansão da economia ficasse entre 0,3% e 0,5% no período sobre o trimestre anterior e de 6% na comparação anual.
No segundo trimestre, o PIB havia crescido 1,2% em relação ao trimestre anterior.
No acumulado nos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2010, o crescimento foi de 7,5% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. De acordo com o IBGE, essa expansão supera o patamar pré-crise.
No acumulado no ano de 2010, em relação ao mesmo período de 2009, o PIB variou, até setembro, 8,4%.
O IBGE apontou ainda que as exportações avançaram 2,4% e as importações de bens e serviços registraram incremento mais expressivo, de 7,4%.
Consumo e investimento
Outro destaque de expansão na comparação com o segundo trimestre foi a formação bruta de capital fixo, indicador que mede o nível de investimentos no Brasil, que aumentou 3,9%.
Os gastos com o consumo das famílias voltaram a acelerar (1,6%) na mesma comparação depois de quatro trimestres consecutivos de recuo.
Pelo lado do setor externo, as exportações (2,4%) e as importações de bens e serviços (7,4%) cresceram.
Dados revisados
Junto com a divulgação dos dados do terceiro trimestre, o IBGE revisou o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre, ante 2009, de 8,8% para 9,2%. No primeiro trimestre, no confronto anual, o PIB avançou de 9% para 9,3%.
O IBGE acrescentou ainda que a economia brasileira recuou 0,6% em 2009, em vez de contração de 0,2% como o informado originalmente. Essa revisão se deveu a atualizações nos dados de indústria e serviço.