Economia de Portugal cresce o dobro da União Europeia em 2024 através de imigrantes

O Instituto Nacional de Estatística revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal cresceu 1,9% em 2024, o dobro do observado na União Europeia, de 0,8%. E uma parte significativa da evolução da economia deveu-se aos trabalhadores estrangeiros, especialmente, aos brasileiros. 

Como os imigrantes estão, em maioria, em idade ativa, suprem a demanda do mercado por mão de obra, geram renda, movimentam o consumo, estimulam a produção e, por tabela, reforçam o caixa da Segurança Social. "É a máquina da economia girando, sustentando um ciclo positivo de crescimento", diz o economista Eduardo Velho, da Equador Investimentos.

CONTRIBUIÇÃO DOS BRASILEIROS

Após um pedido feito pelo portal online Público Brasil, uma análise econométrica foi realizada, tendo como referência as contribuições à Segurança Social. Com isso, o economista calcula que, a cada ponto percentual a mais de repasses dos brasileiros ao sistema de seguridade, o PIB português aumenta 0,23 ponto num período de dois anos.

Se os brasileiros estão contribuindo mais para a Segurança Social, é porque estão empregados. Com os rendimentos do salário, suprem as necessidades de consumo. Sendo assim, eles puxam as vendas do varejo e o consumo das famílias, que são dois importantes componentes do PIB. 

REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA 

Dados do Ministerio do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social apontam que há 322.570 trabalhadores brasileiros formalizados espalhados por toda a economia portuguesa, de Norte a Sul do país. Eles representam 38,7% dos 833.816 estrangeiros empregados que vivem em território luso e quase 7% do total geral de trabalhadores. Esses números são de novembro no ano passado.

Entre 2021 e 2024, as contribuições dos trabalhadores brasileiros para a Segurança Social portuguesa aumentaram quase 200%, de € 465 milhões (R$ 2,9 bilhões) para € 1,37 bilhão (€ 1,37 mil milhões ou R$ 8,2 bilhões). Eduardo Velho discutiu sobre o assunto:

Houve um incremento de 55% de 2021 para 2022 e de 52% em 2023. Em 2024, o aumento foi de 25%. Pode parecer uma desaceleração, mas é preciso ressaltar que a base de comparação ficou maior.

Com informações do PÚBLICO. 

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