O Carnaval de 2013 ficou mais profissional. Um levantamento do Sebrae no cadastro de microempreendedores individuais (MEI) da Receita Federal mostra que o crescimento de empreendedores formalizados foi maior entre as profissões ligadas ao feriado.
Considerando as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife, houve um aumento de 76% nas formalizações ligadas à folia no último ano.
O crescimento do MEI nessas capitais, incluindo todas as profissões que participam do programa, foi de 73%.
Para o diretor-presidente do Sebrae, Luiz Barretto, com a nova legislação para formalização de microempreendedores, há uma tendência de o Carnaval se profissionalizar, especialmente por envolver contratos com entes públicos e patrocinadores.
"Carnaval tem rimado pouco com informalidade. Rima com planejamento e com uma indústria competitiva."
Alexandre Tsurumaru, 42, começou sua produção em casa, por uma necessidade da escola X-9, em que é responsável por uma ala.
Em 2003, precisava criar fantasias de índios, mas não sabia como. Não conseguia comprar penas de qualidade.
Tsurumaru desenvolveu então penas feitas com tecido e vareta. Deu certo e outras escolas passaram a fazer encomendas. Ele decidiu então formalizar a empresa, que virou a Alê Penas, e contratou funcionários.
A empresa tem três funcionários fixos durante o ano e chega a 18, contando temporários, nos três meses anteriores ao Carnaval.
"Quando você tem CNPJ e nota fiscal, é diferente. Você se vê com credibilidade."
No levantamento feito pelo Sebrae, foram considerados os segmentos de aluguel de palcos e estruturas, cantor independente, maquiador, ambulantes de alimentação, barraqueiro, marmiteiro, customizador de roupas, costureira, fabricação de calçados e artesão em gesso.