Economia do país deve crescer pouco mais de 3% no ano, diz BC

A avaliação dos economistas surge após sinais de um início de ano em recuperação

Ainda no Focus, a expectativa para o câmbio no final deste ano foi mantida em R$ 2 reais | Reprodução
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A perspectiva para o crescimento da economia brasileira em 2013 foi ligeiramente elevada para 3,01%, após previsão de 3% na semana passada, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (1º). Para 2014, os analistas mantiveram a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 3,5%.

A avaliação dos economistas surge após sinais de um início de ano em recuperação, puxado pela indústria e também pelo varejo.

A produção industrial teve em janeiro alta de 2,5%, com as fábricas registrando a maior expansão mensal em quase três anos. Por sua vez, as vendas no varejo mostraram expansão de 0,6% em janeiro.

A perspectiva para a expansão da produção industrial neste ano foi elevada a 3,12%, ante 3% na semana anterior. Para 2014, a projeção foi mantida em crescimento de 3,95%.

Ainda no Focus, a expectativa para o câmbio no final deste ano foi mantida em R$ 2 reais pela quinta semana seguida.

Juros e inflação

Após três altas seguidas, o mercado manteve a perspectiva de Selic a 8,5% no final de 2013, ao mesmo tempo em que manteve a projeção para a inflação e elevou ligeiramente a do crescimento da economia neste ano.

A pressão inflacionária tem sido um forte motivo de preocupação, com a taxa em 12 meses se aproximando do teto da meta do governo, de 6,5% pelo IPCA.

De acordo com os economistas consultados pelo BC, a inflação oficial (medida pelo IPCA0 deve ficar em 5,71% em 2013, e 5,68% em 2014.

Já o crescimento da economia do país neste ano deve ficar em 3,01%. Para 2014 o crescimento deve ser um pouco maior, de 3,5%.

Os analistas consultados veem a inflação medida pelo IPCA em 5,71% neste ano, inalterado ante a pesquisa anterior. Para 2014, entretanto, houve elevação da perspectiva a 5,68%, contra 5,6%o anteriormente.

Na semana passada, o Banco Central piorou, em seu Relatório Trimestral de Inflação, todas perspectivas de inflação para este e para o próximo ano, admitindo, inclusive, que a alta dos preços vai estourar o teto da meta no período entre abril e julho no acumulado em 12 meses.

O cenário inflacionário levou analistas a apostarem que o ciclo de aperto monetário pode ser iniciado em breve, na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Para a reunião de abril, a perspectiva no Focus ainda é de manutenção nos atuais 7,25%.

Os analistas consultados também deixaram inalterada a perspectiva de que a Selic vai se manter em 8,5% ao longo de 2014.

Entre o Top 5 --instituições que mais acertam suas previsões-- a mediana no médio prazo para a taxa básica de juros também é de 8,5% tanto para 2013 quanto para 2014.

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