Após um período de três semanas com índices estagnados, economistas consultados pelo Banco Central revisaram para baixo a previsão de inflação para este ano, fixando-a em 4,75%. Essa redução para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) representa uma queda de 1,1 ponto percentual em relação à estimativa da semana anterior, que apontava 4,86%, conforme divulgado no boletim Focus nesta segunda-feira (16).
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA de setembro teve um aumento de 0,26%, uma elevação menor do que a esperada pelo mercado, que estimava 0,33% de acordo com fontes consultadas pela agência Bloomberg.
Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses é de 5,19%. Após a divulgação, agências de classificação de risco e bancos reduziram as suas expectativas para o aumento de preços. Porém, os economistas ouvidos pelo BC mantiveram as perspectivas para a inflação nos próximos três anos em 3,88% (2024) e 3,50% (2025 e 2026).
O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. No mesmo boletim Focus, o mercado permaneceu com as mesmas previsões em outros dados. O PIB ficou em 2,92%, o dólar está em R$ 5, e a taxa básica de juros permanece em 11,75%.