As brasileiras Petrobras e OGX vão disputar a mais cara cota de patrocínio dos Jogos Olímpicos de 2016. A Rio-16 já arrecadou R$ 1 bilhão em apoios e começa a negociar no próximo mês o contrato de publicidade com companhias de óleo e gás. Fora da Copa do Mundo de 2014, as duas empresas não querem perder a chance de estampar suas marcas no segundo grande evento esportivo realizado no país.
Como a Castrol é dona da cota de óleo e gás da Fifa, Petrobras e OGX ficaram de fora do Mundial de 2014. A Petrobras é a maior empresa nacional. A OGX é controlada por Eike Batista, homem mais rico do país. Ele foi o empresário que mais investiu na candidatura vitoriosa do Rio aos Jogos. Do montante captado pela candidatura da Rio-16 com a iniciativa privada, o Grupo EBX repassou R$ 23 milhões -62% do total arrecadado.
Eike emprestou também seu jatinho para que o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) viajassem do Brasil para a Dinamarca, onde foi anunciada a escolha do Rio pelo COI (Comitê Olímpico Internacional), em 2009.
Em março, o comitê organizador da Rio-16 vai convidar todas as companhias do setor de petróleo e gás para participar da licitação, que estará aberta a estrangeiros.
O vencedor deverá ser anunciado até o início do segundo semestre deste ano.
A inglesa BP (British Petroleum) ficou com a cota do setor para os Jogos de Londres.
O valor do patrocínio em disputa, no entanto, não é revelado pelos brasileiros.
Ontem, o comitê organizador da Olimpíada anunciou a japonesa Nissan como a sexta parceira comercial do evento. A montadora também ficou com a cota chamada de nível um, a mais cara.
Até agora, a Rio-16 já vendeu cinco delas - Bradesco, Bradesco Seguros, Claro e Embratel, além da Nissan. O comitê também tem acordo de patrocínio nível dois com a Ernst Young Terco.
Com a formalização do negócio com a Nissan, o presidente do comitê Rio-16, Carlos Arthur Nuzman, disse que a entidade já superou o valor de arrecadação de patrocínios estipulado no dossiê de candidatura: US$ 570 milhões (R$ 980 milhões).
A entidade não vendeu ainda cotas de nível três, que deverão ser negociadas em troca de serviços.