Em resposta à guerra, grupo Heineken vende operação na Rússia por 1 euro

A cervejaria espera ter uma perda total de € 300 milhões (R$ 1,58 bilhão) com o negócio

Em resposta à guerra, grupo Heineken vende operação na Rússia por 1 euro | Pixabay
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Nesta sexta-feira (25), a cervejaria holandesa Heineken comunicou a finalização da transação de transferência de suas atividades na Rússia para o Grupo Arnest. A companhia efetivou a venda total de suas operações por meramente 1 euro (equivalente a R$ 5,26).

Em 28 de março de 2022, a declaração sobre a retirada foi feita. Naquela ocasião, a companhia expressou profundo choque e tristeza ao observar que a guerra na Ucrânia continua e está se intensificando. O embate na Ucrânia já se estende por cerca de dezoito meses.

A empresa prevê um prejuízo total de € 300 milhões (equivalente a R$ 1,58 bilhão) devido à transação. É importante ressaltar que, de acordo com informações da agência de notícias holandesa ANP, o mercado russo representava menos de 2% das vendas globais da Heineken no momento em que a decisão de sair do país foi tomada. 

"Em resposta à contínua escalada da guerra, a Heineken vai interromper a produção, a promoção e a venda de sua marca na Rússia", disse o CEO do grupo, Dolf van den Brink, em comunicado divulgado um mês após começar a guerra na Ucrânia.

O Grupo Arnest assumiu a responsabilidade pelos 1.800 colaboradores da Heineken na Rússia, assegurando a manutenção dos postos de trabalho nos próximos três anos. Adicionalmente, está prevista a interrupção da produção da cerveja Amstel no mercado russo em um prazo de seis meses. Desde o início do conflito, várias centenas de empresas ocidentais optaram por encerrar suas operações na Rússia.

Através de um comunicado, a Heineken mencionou que o Grupo Arnest detém um significativo empreendimento voltado para a produção de latas, sendo também o principal fabricante russo no ramo de produtos cosméticos, utensílios domésticos e embalagens metálicas destinadas ao setor de bens de consumo de rápida circulação. 

“Concluímos agora a nossa saída da Rússia. Os desenvolvimentos recentes demonstram os desafios significativos enfrentados pelas grandes empresas industriais ao saírem da Rússia. Embora tenha demorado muito mais tempo do que esperávamos", afirmou o Dolf van den Brink, em nota.

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