O emprego na indústria brasileira registrou crescimento de 0,1% em agosto, em relação ao mês anterior, sem influências sazonais, segundo indica a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES) divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação mensal, essa é a oitava alta consecutiva. Sobre o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 5,2%.
No ano, o indicador acumula alta de 3,2% e, nos últimos 12 meses, ficou em 0,5%.
Salários
Em agosto, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, com ajuste sazonal, teve queda de 2,9% em relação a julho, após dois meses seguidos de alta. Porém, sobre agosto do ano passado, o valor da folha de pagamento real avançou 9% - a oitava taxa positiva consecutiva nessa base de comparação. No acumulado no ano, a alta é de 6,1%.
Na comparação anual, os salários nos 14 locais pesquisados pelo instituto tiveram aumento. A principal influência sobre a média foi exercida por São Paulo (6,2%). Houve expansões em meios de transporte (12,6%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (16,1%) e máquinas e equipamentos (7,5%).
Horas pagas
De acordo com o IBGE, o número de horas pagas no setor industrial voltou a crescer sobre julho, registrando alta de 0,8%, sem influências sazonais. Sobre o mesmo período do ano passado, houve avanço de 6,4% - a taxa mais elevada desde o início da série histórica, segundo o instituto. No ano, o indicador acumulado é de 4,2% e, nos últimos 12 meses, de 1,2%.
Sobre agosto de 2009, o número de horas pagas aumentou em todos os locais pesquisados. O maior impacto sobre a média global foi de São Paulo (5,7%). Exerceram as maiores influências meios de transporte (12,7%), alimentos e bebidas (7,7%) e máquinas e equipamentos (10,4%).
Por regiões
Na comparação anual, com agosto de 2009, o contingente de trabalhadores aumentou nos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Os destaques são São Paulo (3,8%), região Nordeste (6,7%), Rio Grande do Sul (8,1%), região Norte e Centro-Oeste (7,9%) e Minas Gerais (4,4%). No Rio Grande do Sul, na região Norte e Centro-Oeste e em Minas Gerais, as principais contribuições partiram dos setores de máquinas e equipamentos (27%), minerais não metálicos (40,5%) e produtos de metal (28,5%).
Considerando o mesmo período, o emprego industrial cresceu em 13 dos 18 setores pesquisados. Exerceram as principais influências máquinas e equipamentos (12,7%), meios de transporte (9,5%), produtos de metal (9,0%), máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,8%), calçados e couro (8,0%) e metalurgia básica (12,9%). A principal influência negativa partiu do setor de vestuário (-2,5%).