Empregos cresceram 120% em 11 anos em micro e pequenas empresas no Piauí

De 2000 a 2011, o crescimento do número de pessoas empregadas nos pequenos negócios no Piauí foi de 120%

JANAÍNA | Empresária, em três anos, já ampliou o empreendimento | Jornal Meio Norte
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Acabou o tempo em que somente as grandes empresas eram responsáveis pela empregabilidade no Piauí. Nos últimos 11 anos, os micro e pequenos empreendimentos geraram mais de 60 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. De 2000 a 2011, o crescimento do número de pessoas empregadas nos pequenos negócios foi de 120%. A pesquisa está no Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, realizado pelo Sebrae.

Há três anos, a empresária Janaína Lima abriu um pequeno café na capital e o negócio só cresce a cada ano. ?Hoje eu tenho três cafés e emprego cinco funcionários, todos com carteira assinada?, afirma Janaína, que preferiu abrir uma pequena empresa própria do que aderir às franquias nacionais.

Segundo o Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, o número de Micro e Pequenas Empresas também cresceu nos últimos anos no Piauí. Em 2000, o Estado possuía 31 mil empreendimentos desse porte. Em 2011, esse número passou para 49.600, ou seja, um crescimento de 60%.

O comércio é o setor que detém o maior número de Micro e Pequenas Empresas no Piauí, com mais da metade dos empreendimentos. O setor de serviços aparece em segundo lugar, com participação de 18,4% em 2011 e um total de 9.100 empresas.

O setor da construção apresentou ligeiro crescimento, tendo sua participação relativa subido de 4,1% do total de MPE em 2000 para 4,9% em 2011. Apenas em 2011 tinha 2,4 mil estabelecimentos de micro e pequenas empresas. A indústria, por outro lado, sofreu uma pequena queda na participação relativa. Em 2011, 4.200 negócios estavam inseridos nesse setor.

Jovens e idosos tiveram maior crescimento salarial

O Anuário do Trabalho da Micro e Pequena Empresa traz ainda dados sobre o comportamento de trabalho a partir das diferentes faixas etárias e regiões do país. No que se refere à remuneração, os jovens e os empregados com 60

anos ou mais foram os que obtiveram os maiores incrementos salariais.

Empregados entre 18 e 24 anos tiveram um aumento médio salarial de 26%, mesmo percentual de acréscimo verificado no pagamento dos funcionários com 60 anos ou mais. O maior incremento foi registrado no Centro-Oeste, com 32% de reajuste real nos salários durante o período.

O número de empregos oferecidos ainda é maior nos pequenos negócios da região Sudeste, que responde por 51,7% dos postos de trabalho. Entretanto, entre 2000 e 2011, o Nordeste foi a região que mais ampliou a taxa de contratações, saindo de 13,4% para 15,4%.

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