O Natal é a melhor época do ano para o comércio de varejo, mas não é só este setor que tem negócios em alta. O comércio do Polo Cerâmico do Poti Velho também está aquecido.
Os artesões trabalham dobrado e num ritmo mais acelerado para conseguirem dar conta do número de encomendas que crescem 40% em comparação aos outros meses do ano.
De acordo com Roberto Keneddy, artesão há 21 anos no ramo, as vendas de Natal estão crescendo a cada ano, principalmente se a produção for de ótima qualidade. Por isso, os produtos confeccionados para essa época do ano têm os cuidados redobrados.
“Nós percebemos um aumento de até 40% nas vendas, mas dependendo da qualidade que oferecemos, a procura pode ultrapassar 50%, ou seja, dobrando a quantidade de pedidos. Por isso, trabalhamos duro para atrair os clientes”, explica.
As encomendas de fora do estado também estão crescendo, cerca de 20% desses pedidos vêm de fora do Piauí, principalmente dos estados vizinhos, Ceará e Maranhão, mas também é comum os sulistas encomendarem peças.
“Como nossas peças são rústicas, são muito procuradas por pessoas que estão fazendo algum evento e querem fazer uma decoração diferente. Agora mesmo acabei de embalar os pedidos de um cliente paulista que vai utilizá-los na decoração da festa de casamento”, revela a artesã Maria Francisca Brito.
As peças mais procurados no Natal são os presépios artesanais, que variam de preço dependendo do seu tamanho que podem ultrapassar a faixa de R$ 3 mil.
Outras peças como anjos, luminárias e enfeites natalinos confeccionados à mão também fazem bastante sucesso entre os clientes. Os souvenirs e brinquedos também são opções de presentes de Natal.
Segundo uma das fundadoras da cooperativa, Margarida Silva, está cada vez mais comum ver o piauiense comprar uma peça artesanal para dar de presente, hábito que era difícil de se ver até pouco tempo atrás.
Mesmo com a grande procura por presentes de natal no Polo Cerâmico, as peças vendidas não possuem uma embalagem, muito menos são embrulhados para presente.
Segundo Roberto Keneddy, há anos que os artesãos querem encomendar embalagens com a logomarca das lojas, mas o preço está além do que eles podem pagar.
“Não é de hoje que estamos preocupados com essa questão, eu mesmo já fui atrás de uma gráfica para produzir nossas embalagens com a nossa arte e logo, mas sai muito caro, não podemos pagar. Inclusive já foi tema de reuniões da cooperativa, vamos ver se um dia dá certo”, esclarece, o artesão.
Somente jornal ou plástico-bolha são utilizados para embrulhar as peças artesanais, isso porque são frágeis e podem quebrar com facilidade.
Somente em uma loja alguns produtos como bonecas e enfeites do boi possuem uma embalagem mais trabalhada feita com tecidos de chita, o que deixa o produto com um melhor acabamento.
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