Entenda crise que atinge economia dos EUA

A economia dos Estados Unidos pelo mercado global passa pela maior crise de crédito

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A economia dos Estados Unidos e por conseq??ncia o mercado global passa pela maior crise de cr?dito em 20 anos, desencadeada por uma outra crise, a dos empr?stimos imobili?rios "subprime", aqueles feitos a pessoas com hist?rico de inadimpl?ncia.

Ap?s atingir um pico em 2006, os pre?os dos im?veis passaram a cair. Os juros do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA), que vinham subindo desde 2004, encareceram o cr?dito e afastaram compradores; com isso, a oferta come?a a superar a demanda e desde ent?o o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos im?veis. Al?m disso, em geral, as hipotecas n?o podem ser refinanciadas quando o pre?o da propriedade no mercado fica abaixo do montante nominal do empr?stimo; assim, sem conseguir mais dinheiro, passou a n?o ser poss?vel pagar a d?vida inicial.

Depois que esses devedores "subprime" come?aram a n?o honrar suas d?vidas, o temor de calotes generalizados fez o dinheiro em circula??o retrair no pa?s como um todo, desacelerando a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro dispon?vel), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas s?o contratadas.

Arte Folha

Para tentar encerrar este ciclo, os bancos centrais passaram a fazer inje?es peri?dicas de d?lares no mercado, leil?es e empr?stimos com juros baixos ?s institui?es financeiras.

Al?m dos leil?es bilion?rios, uma das principais medidas tomadas pelo Fed foi baixar drasticamente a taxa b?sica de juros, deixando o dinheiro mais barato. Mas nem mesmo isso conseguiu estimular os consumidores a continuar gastando, ou a ampliarem seus gastos como se viu nas vendas no varejo nos EUA: em fevereiro, que ca?ram 0,6% em fevereiro.

A economia ainda sofreu outro abalo no mercado de trabalho: depois de eliminar 22 mil empregos em janeiro, a economia perdeu outros 63 mil no m?s passado.

Como medida emergencial para evitar uma desacelera??o ainda maior da economia o que faz crescer o medo que o EUA caiam em recess?o, j? que 70% do PIB americano ? movido pelo consumo, o presidente americano, George W. Bush, sancionou no m?s passado um pacote de est?mulo que dar? cheques de restitui??o de impostos a milh?es de norte-americanos.

O pacote prev? uma restitui??o de US$ 600 para cada contribuinte com renda anual de at? US$ 75 mil; e US$ 1.200 para casais com renda at? US$ 150 mil, al?m de US$ 300 adicionais por filho. Quem n?o n?o paga imposto de renda, mas recebe o teto de US$ 3 mil anuais, ter? direito a cheques de US$ 300. Mais de 130 milh?es de pessoas ser?o beneficiadas.

No in?cio deste m?s, Bush chegou a pedir aos contribuintes que ser?o beneficiados com os cheques do pacote que gastem, e n?o guardem em poupan?as, ou invistam e mesmo paguem d?vidas.

Nesse contexto, bancos t?m anunciado perdas bilion?rios e preju?zos, chegando a ser vendidos por pre?os baix?ssimos a concorrentes.

Pessimistas

A recess?o, se n?o chegou ainda, est? a caminho pelo menos na vis?o de alguns nomes de peso no setor financeiro. No in?cio do m?s, o megainvestidor Warren Buffett disse que a economia dos EUA j? est? em recess?o "na teoria". "Al?m de qualquer defini??o, n?s estamos em recess?o", disse.

Outro a pintar um cen?rio negativo foi o ex-presidente do Fed Alan Greenspan. Em artigo de ontem no jornal brit?nico "Financial Times", ele afirmou que a crise financeira atual pode ser considerada a mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

"A atual crise financeira nos Estados Unidos ser? verdadeiramente julgada como a mais grave desde o fim da Segunda Guerra mundial", diz o texto. "Ela chegar? ao fim quando o pre?o dos bens imobili?rios se estabilizar e, com ele, os pre?os dos produtos financeiros endossados em empr?stimos hipotec?rios."

Em uma pesquisa divulgada neste m?s, economistas ouvidos pelo di?rio americano "The Wall Street Journal" tamb?m v?em a economia americana caindo em recess?o. Segundo a pesquisa, 71% dos 51 economistas entrevistados disseram que o pa?s j? est? em recess?o. Pouco

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