O The New York Times publicou um artigo destacando que, na época de Truman Capote, a distinção entre os verdadeiramente ricos e os apenas abastados estava nos detalhes, como a qualidade dos vegetais servidos. Hoje, os elementos que diferenciam os bilionários são mais sutis e sofisticados, incluindo interruptores vintage de níquel, sistemas de café automatizados e toalhas de linho bordadas à mão.
No Brooklyn, conhecido como "Hollywood no Hudson" devido à presença de diversas celebridades, a tendência é evidenciar o luxo doméstico através de detalhes discretos, considerados "joias domésticas". Essa abordagem reflete o conceito de "luxo silencioso", onde a ostentação de riqueza é percebida apenas por aqueles familiarizados com os detalhes significativos.
RIQUEZA FURTIVA
A "riqueza furtiva" valoriza a privacidade, discrição e anonimato, escondendo a verdadeira extensão do patrimônio dos bilionários. Nesse cenário, as redes sociais são utilizadas por ricos e famosos para compartilhar suas vidas, mas muitos bilionários preferem mostrar apenas aspectos discretos, evitando exibições extravagantes.
Nos anos 1980, a exibição de riqueza era marcada por excessos, enquanto hoje a discrição é preferida. Em um evento beneficente em Manhattan, por exemplo, mesmo entre os bilionários, a elegância no vestuário pode ser discreta, sem logotipos chamativos ou exageros.
O status é ajustado conforme o grupo social e a posição financeira, e a ostentação de riqueza é vista com desaprovação nos níveis mais altos de renda. Designers como Brunello Cucinelli criam roupas sofisticadas, mas discretas, que são reconhecidas como "uniformes para os ricos", refletindo o desejo de exclusividade sem chamar muita atenção.
DISCRIÇÃO COMO SÍMBOLO
Para os bilionários, a discrição é um símbolo de poder e status, com a preferência por saber onde e o que comprar antes de se exibirem nas redes sociais. A tendência do "luxo silencioso" está ganhando cada vez mais adeptos entre os ricos e famosos, transmitindo a mensagem de que a verdadeira riqueza não precisa ser anunciada ao mundo, mas apreciada por aqueles que realmente a compreendem.