Entenda por que empresa paga R$ 700 para escanear olhos de brasileiros

Os participantes recebem 25 unidades da criptomoeda Worldcoin (WLD), que podem valer entre R$ 300 e R$ 700, dependendo da cotação do ativo

Carteira digital de identidade | Reprodução Carteira digital de identidade | Foto: Reprodução
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

A Tools For Humanity, empresa responsável pelo projeto Worldcoin, tem gerado filas em São Paulo com a oferta de pagamento em criptomoedas para quem permite o escaneamento da íris. Os participantes recebem 25 unidades da criptomoeda Worldcoin (WLD), que podem valer entre R$ 300 e R$ 700, dependendo da cotação do ativo. O objetivo do projeto é criar uma “carteira digital de identidade” global, usando a biometria para diferenciar humanos de robôs.

Desinformação e teorias conspiratórias

Rodrigo Tozzi, representante da Tools For Humanity no Brasil, tem se dedicado a explicar o projeto diante de vídeos virais que espalham desinformação. “Tem gente dizendo que vende a íris, que a empresa é do Elon Musk... Até teorias de dominação mundial”, afirmou. Ele reforçou que o processo não é uma venda, mas uma “distribuição de propriedade” da criptomoeda, que pode ser convertida em dinheiro pelos usuários.

Tozzi garantiu que os participantes são informados sobre o processo antes do escaneamento. “Existe toda a parte documental no aplicativo, além de explicações rápidas nos centros de verificação”, disse. Sobre a privacidade, ele explicou que os dados da íris são criptografados e fragmentados, possibilitando a reconstrução. “Os usuários têm controle e podem apagar as informações do telefone”, afirmou.

Regulamentação e futuro do projeto

O projeto enfrenta questionamentos de autoridades de proteção de dados, como na União Europeia e no Brasil, onde a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) analisa o caso. Tozzi afirmou que a empresa entregou todas as respostas solicitadas e aguarda o posicionamento da ANPD. O objetivo final, segundo ele, é criar um protocolo aberto e descentralizado, sem um “dono”, seguindo o modelo de autorregulação da internet.

Para mais informações, acesse meionews.com

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
logo do meio.com