![Carteira digital de identidade | Reprodução](/uploads/imagens/2025/1/24/webp/entenda-por-que-empresa-paga-r-700-para-escanear-olhos-de-brasileiros-ee09b971-ff8f-431e-8467-c9ef725438f1.jpg.webp)
A Tools For Humanity, empresa responsável pelo projeto Worldcoin, tem gerado filas em São Paulo com a oferta de pagamento em criptomoedas para quem permite o escaneamento da íris. Os participantes recebem 25 unidades da criptomoeda Worldcoin (WLD), que podem valer entre R$ 300 e R$ 700, dependendo da cotação do ativo. O objetivo do projeto é criar uma “carteira digital de identidade” global, usando a biometria para diferenciar humanos de robôs.
Desinformação e teorias conspiratórias
Rodrigo Tozzi, representante da Tools For Humanity no Brasil, tem se dedicado a explicar o projeto diante de vídeos virais que espalham desinformação. “Tem gente dizendo que vende a íris, que a empresa é do Elon Musk... Até teorias de dominação mundial”, afirmou. Ele reforçou que o processo não é uma venda, mas uma “distribuição de propriedade” da criptomoeda, que pode ser convertida em dinheiro pelos usuários.
Tozzi garantiu que os participantes são informados sobre o processo antes do escaneamento. “Existe toda a parte documental no aplicativo, além de explicações rápidas nos centros de verificação”, disse. Sobre a privacidade, ele explicou que os dados da íris são criptografados e fragmentados, possibilitando a reconstrução. “Os usuários têm controle e podem apagar as informações do telefone”, afirmou.
Regulamentação e futuro do projeto
O projeto enfrenta questionamentos de autoridades de proteção de dados, como na União Europeia e no Brasil, onde a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) analisa o caso. Tozzi afirmou que a empresa entregou todas as respostas solicitadas e aguarda o posicionamento da ANPD. O objetivo final, segundo ele, é criar um protocolo aberto e descentralizado, sem um “dono”, seguindo o modelo de autorregulação da internet.
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