Estimativa para Alta do PIB de 2014 é reduzida porm Mercado financeiro

A queda na previsão de crescimento das instituições financeiras para este ano aconteceu após elevação na semana anterior.

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Os economistas do mercado financeiro reduziram, na semana passada, sua estimativa para o crescimento da economia brasileira de 0,28% para 0,27% neste ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (20), por meio do relatório de mercado – pesquisa que ouve mais de 100 instituições financeiras.

A queda na previsão de crescimento das instituições financeiras para este ano aconteceu após elevação na semana anterior. Antes disso, os bancos haviam reduzido a estimativa de crescimento do PIB deste ano por 19 semanas seguidas. Para 2015, a expectativa de crescimento do mercado permaneceu em 1%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

No fim de agosto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira teve retração de 0,6% no segundo trimestre deste ano e que estaria em "recessão técnica", que se caracteriza por dois trimestres seguidos de PIB negativo.

Inflação e juros

Segundo a pesquisa do BC, a expectativa dos economistas para a inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, permaneceu em 6,45%. Para 2015, a previsão do mercado ficou estável em 6,30%.

Deste modo, a expectativa das instituições financeiras para a inflação deste ano permanece próxima do teto do sistema de metas brasileiro. A meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%, mas com intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% [piso] e 6,5% [teto] sem que a meta seja formalmente descumprida. As metas valem somente para anos fechados.

Em setembro, o IPCA somou 0,57%. Já em doze meses até setembro, porém, a inflação atingiu 6,75%, acima do teto da meta de inflação e o maior índice acumulado nesse período desde outubro de 2011, quando atingiu 6,97%.

Para a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que foi mantida estável pelo Banco Central em 11% ao ano no começo de setembro, a expectativa dos analistas dos bancos é de que ela permaneça neste patamar até o fechamento de 2014. Para o fim de 2015, a previsão dos analistas para o juro básico ficou estável em 11,88% ao ano.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,40 por dólar. Para o término de 2015, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,50 por dólar.

A projeção para o superávit da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2014 caiu de US$ 2,44 bilhões para R$ 2,29 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial subiu de US$ 7,27 bilhões para US$ 7,65 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte subiu de US$ 59,2 bilhões para US$ 60 bilhões.

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