O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira a redução de sua taxa básica de juros para a faixa entre 4,75% e 5%. Essa é a primeira queda desde março de 2020. Ao contrário do Brasil, onde a taxa é definida de forma fixa, nos EUA os juros são estabelecidos dentro de uma banda.
"O Comitê tem maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2% e avalia que os riscos para alcançar suas metas de emprego e inflação estão mais ou menos equilibrados. A perspectiva econômica é incerta, e o Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato", afirmou o Fed no comunicado da decisão.
As expectativas para a redução da taxa começaram em agosto, quando o presidente da autoridade monetária americana afirmou que "era hora de ajustar" a política, sinalizando um ciclo de queda. Desde então, operadores do mercado já apostavam em um corte, com a principal dúvida sendo a magnitude da redução. Segundo a pesquisa FedWatch, havia 67% de chance de um corte mais agressivo, de meio ponto, e 37% apostavam em uma redução mais suave, de 0,25 ponto percentual.
Ainda nesta quarta-feira, o Copom decidirá sobre a taxa básica no Brasil, e a maioria dos analistas espera um aumento da Selic, para 10,75%.
A redução da taxa americana era esperada, no início do ano. Mas a resiliência da economia do país fez com que a taxa fosse mantida entre 5,25% e 5,5% por mais tempo. Nos EUA, diferentemente do Brasil, os juro são fixados em uma banda.
Os dados de inflação e emprego divulgados mês a mês, demonstrando uma economia ainda pujante apesar dos juros ainda altos, impediram uma redução mais cedo. A taxa está naquela faixa, no maior patamar desde 2001, desde julho do ano passado.