FMI eleva previsão de crescimento da economia brasileira

Expectativa do Fundo é que PIB tenha expansão de 5,5% este ano

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O Fundo Monetário Internacional elevou nesta quarta-feira (21) sua projeção do crescimento da economia do Brasil neste ano para 5,5%, oito décimos do calculado em janeiro. O dado consta no relatório "Perspectivas Econômicas Mundiais", divulgado pouco antes do início da assembleia do FMI e do Banco Mundial que será realizada este fim de semana em Washington.

Em janeiro, o Fundo tinha previsto um crescimento da economia brasileira de 4,7 % em 2010 e 3,7% em 2011. A economia do Brasil cresceu 5,1% em 2008 e se contraiu 0,2% em 2009, segundo os números do FMI. A instituição multilateral calcula que em 2011 o Produto Interno Bruto do Brasil crescerá 4,1%.

"Espera-se que o crescimento econômico no Brasil suba em 2010 liderado pelo forte consumo e o investimento no setor privado", ressaltou o relatório.

O FMI coloca o Brasil como um exemplo de onde será necessária a desativação das políticas de estímulo assim que sejam evidentes os riscos de "reaquecimento" ou uma "dinâmica de endividamento adversa".

Crescimento mundial

O crescimento mundial para este ano também foi revisado para cima, a 4,2%, contra 3,9% calculados em janeiro. O FMI advertiu, entretanto, para os riscos que ainda pesam sobre a recuperação, em particular a dívida pública dos países desenvolvidos e os desequilíbrios nos fluxos de capital.

Depois de ter retrocedido 0,6% em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) do planeta deve crescer 4,2% este ano, uma previsão que o FMI qualificou de "similar" à precedente, publicada em janeiro e que era de 3,9%.

"A recuperação da economia mundial evolui melhor que o previsto", destaca o Fundo. "A atividade se desenvolve a ritmos diferentes, timidamente nos países desenvolvidos, mas vigorosamente na maior parte dos países emergentes e em desenvolvimento", afirma o relatório da instituição.

O crescimento deve ser muito lento na Europa (1,0% na zona euro, 1,3% no Reino Unido) e no Japão (1,9%). Mas será estimulado a nível mundial sobretudo pelos países emergentes e em desenvolvimento (6,3%), com a Ásia à frente (8,7%, dos quais 10% corresponderá a China).

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