Os ministros de Finanças e os presidentes dos bancos centrais dos países do Grupo dos Vinte (G20) acertaram neste domingo (23) acelerar o crescimento da economia global em 2% durante a próxima meia década.
O secretário-geral do Tesouro espanhol, Iñigo Fernández de Mesa, declarou à Agência Efe que este acordo conjunto se trata "de uma indicação para o crescimento de 2% em cinco anos sobre o que se está crescendo agora".
Para conseguir este objetivo, o G20 estabeleceu o "Plano de Ação de Brisbane", que incluirá ações concretas nos países que formam o G20 em matéria de criação de emprego, aumento do investimento, melhoras nas políticas comerciais e promoção da concorrência, entre outras políticas macroeconômicas.
O tesoureiro australiano, Joe Hockey, anfitrião da reunião, qualificou como "ambicioso" mas "tangível" o acordo alcançado entre os países que representam 85% da economia mundial.
"As políticas poderiam repartir mais de US$ 2 trilhões em atividades econômicas reais e dezenas de milhões de novos postos de trabalho", assegurou Hockey ao indicar que "as reformas estruturais são duras, mas não há outra opção".
Para a reunião de chefes de Estado e primeiros-ministros, que acontecerá na cidade de Brisbane no mês de novembro, cada país deverá levar um plano detalhado de crescimento econômico.
O G20 indicou que apesar de a redução de estímulos monetários poder "levar a uma excessiva volatilidade" e prejudicar o crescimento, sua "principal resposta será fortalecer e aperfeiçoar os marcos de política estrutural e financeira macroeconômicas internas".
"Algumas economias terão que reconstruir seus mecanismos reguladores fiscais que foram danificados no espaço político", cita o comunicado final.