Gasolina cara provoca “boom” do álcool nos postos de combustíveis no Piauí

Carros com tecnologia Total Flex não sofreram grande impacto com a greve dos ferroviários no Estado

Gasolina cara provoca "boom" do álcool nos postos de combustíveis no Piauí | Divulgação
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A falta de gasolina nos postos de combust?veis tem provocado uma mudan?a no comportamento dos motoristas. Com a escassez do produto, a alternativa ? abastecer com ?lcool, combust?vel que at? ent?o n?o tinha "ca?do" no gosto do consumidor. Em alguns postos, a venda chegou a dobrar.

O frentista de um posto da zona Leste da cidade, Evaldo Marques, explica que os carros com a tecnologia Total Flex, que podem ser abastecidos com ?lcool ou gasolina, n?o sofreram grande impacto com a greve dos ferrovi?rios, que prejudicou o abastecimento de gasolina na capital. "Se n?o tem gasolina, o cliente leva ?lcool", diz.

Ainda de acordo com o frentista, grande parte dos consumidores do posto abastece o tanque com gaso- lina. Mas desde que o abastecimento nos postos foi prejudicado, a bomba com ?lcool passou a ser a mais utilizada do posto. Neste posto, o consumo de ?lcool pulou de 1.500 litros di?rios para mais de 3.000. J? o abastecimento de gasolina, antes de 30.000 litros, reduziu para menos de 10.000.

"Em menos de quatro horas a gasolina acabou", acrescenta o frentista. O funcion?rio p?blico Paulo Cerqueira relata que antes pouco abastecia com

?lcool, mesmo com um carro flex. Em sua opini?o, optar por este combust?vel n?o ? t?o vantajoso em Teresina, j? que a diferen?a de pre?o dos dois n?o ? t?o grande.

"Apesar do ?lcool ser mais barato, o consumo ? maior", explica. No entanto, alta no pre?o da gasolina mudou a opini?o do motorista. "Al?m da gente chegar no posto e n?o ter como abastecer, o valor da gasolina subiu muito nos ?ltimos dias".

No entanto, a alternativa n?o atinge todos os motoristas. Os donos de carros mais antigos, movidos somente a gasolina, t?m que procurar bastante at? encontar um posto com gasolina. O motorista Francisco de Oliveira, propriet?rio de um Chevete, diz que encontrou dificuldades para

abastecer o carro. "Em v?rios locais as bombas est?o vazias", diz.

Foi realizada na Procuradoria Regional do Trabalho uma audi?ncia que resultou no in?cio de uma negocia??o que elimina o risco de desabastecimento de combust?vel na cidade de Teresina, presidida pelo chefe da Procuradoria Regional do Trabalho, Jo?o Batista Luzardo Soares Filho, com a participa??o de representantes e advogados da empresa Transnordestina, do Sindicato dos Ferrovi?rios e da Companhia de Trens Metropolitanos.

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