A partir de 1º de fevereiro, o percentual obrigatório de mistura do álcool na gasolina sofrerá uma mudança de 25% para 20%. A medida valerá por três meses, mas pode ser suspensa um mês antes desse prazo, ou prorrogada, a depender das condições de produção e preço. A decisão foi homologada através de uma portaria dos ministérios da Agricultura, de Minas e Energia, da Fazenda e do Desenvolvimento e a intenção é conter o preço do álcool que está sendo vendido aos consumidores.
A redução de 25% para 20% de etanol na mistura deve causar um impacto também no preço dos combustíveis, em especial da gasolina. A medida do governo tem o objetivo de conter alta no preço do álcool, no entanto, os postos de gasolina de Teresina nesta semana já registraram um leve aumento sem motivo aparente já que a medida só será adotada a partir de 1º de fevereiro. O que, na opinião do motorista Tales Marques, no fim do mês acaba pesando no bolso do consumidor. ?É complicado essa medida porque diminui o preço do álcool, mas na mesma hora aumenta o da gasolina e como aqui em Teresina acredito que não compensa abastecer com álcool por conta da relação rendimento x preço o consumidor acaba prejudicado?, opina o motorista com o conhecimento da medida teme que ocorra mais um novo aumento.
O governo já estuda reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada da gasolina com o intuito de evitar essa alta por parte dos postos de gasolina. Esse imposto já foi usado em outras ocasiões como reserva para impedir que aumentos da gasolina na refinaria chegassem diretamente aos consumidores.
Enquanto que o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de estados vizinhos, como o Ceará, dá a perspectiva de um aumento para o consumidor em torno de 4%, uma média de 7 centavos por litro, aqui no Piauí os representantes do setor ao serem procurados não se dispuseram a dar esclarecimentos, tão pouco a falar sobre o assunto. (M.R.)