Golpes digitais atingem 24% da população; Piauí e Ceará têm os menores índices

De acordo com a pesquisa da DataSenado, mais de 40,85 milhões de pessoas perderam dinheiro em função de algum crime cibernético

40,85 milhões de pessoas que perderam dinheiro em crimes como clonagem de cartão | Marcos Oliveira/Agência Senado
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Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (1º) pelo Instituto DataSenado revelou que 24% dos brasileiros com mais de 16 anos foram vítimas de golpes digitais nos últimos 12 meses. Isso corresponde a cerca de 40,85 milhões de pessoas que perderam dinheiro em crimes como clonagem de cartão, fraudes na internet ou invasão de contas bancárias. O estudo faz parte do relatório “Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento”.

Distribuição uniforme

Segundo a pesquisa, a distribuição dos golpes é relativamente uniforme em todas as regiões do país, levando em consideração as margens de erro. Os estados do Ceará (17%) e Piauí (18%) apresentam os menores índices. Não foi identificado um perfil específico para as vítimas, já que variáveis como local de residência, religião, renda, escolaridade, idade e gênero mostraram-se distribuídas de forma proporcional à população brasileira.

Dívidas

O levantamento também abordou o endividamento da população. De acordo com o DataSenado, 32% dos brasileiros estão com dívidas em atraso há mais de 90 dias. Mulheres são maioria entre os endividados, representando 54% desse grupo. O problema é mais comum entre famílias que ganham até dois salários-mínimos e residem com cinco ou mais pessoas.

Menor endividamento

A pesquisa revelou que Santa Catarina tem o menor índice de endividamento (22%), enquanto o Amazonas registra o maior (42%). Outro dado relevante é que pessoas que pagam sozinhas as contas da casa têm uma taxa de endividamento de 38%, maior que aquelas que compartilham a responsabilidade (33%).

Perfil das famílias

Entre as famílias com renda de até dois salários-mínimos, o endividamento atinge 69%, enquanto na faixa entre dois e seis mínimos, a taxa cai para 25%. Para quem ganha mais de seis salários, o índice é de apenas 6%. Segundo o analista José Henrique Varanda, o endividamento está fortemente relacionado à renda disponível das famílias, sendo mais frequente entre as de menor renda.

Apostas esportivas

O estudo também investigou o uso de aplicativos de apostas esportivas. Conforme o DataSenado, 13% dos brasileiros com 16 anos ou mais — cerca de 22,13 milhões de pessoas — realizaram apostas em plataformas de “bets” nos últimos 30 dias. A pesquisa, realizada entre 5 e 28 de junho, entrevistou 21.808 pessoas e é parte do “Panorama Político”, aplicado desde 2008 para medir a opinião pública sobre temas relevantes no Brasil. (Com informações da Agência Senado)

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