Governo bloqueia R$ 2,9 bi para driblar déficit e evitar estouro do Orçamento

Segundo especialistas, o bloqueio é necessário para garantir que haja espaço suficiente dentro do Orçamento para honrar todas as obrigações

Lula e Fernando Haddad | Wilton Junior/Estadão
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Na manhã desta sexta-feira (22), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um bloqueio de R$ 2,9 bilhões nas despesas do Orçamento de 2024. A medida visa evitar um estouro no limite de despesas estabelecido no novo arcabouço fiscal. Embora o déficit primário esteja dentro do intervalo de tolerância da meta, estimado em R$ 9,3 bilhões (-0,1% do PIB), o aumento das despesas obrigatórias tornou o bloqueio necessário.

Os ganhos de arrecadação permitiram ao Executivo apresentar o primeiro relatório bimestral com um resultado primário dentro da meta fiscal. Isso, por sua vez, gerou um fôlego maior do que o inicialmente esperado. Apesar disso, o aumento das despesas obrigatórias demandou ação por parte do governo para garantir o cumprimento das regras do novo arcabouço fiscal.

Segundo especialistas, o bloqueio é necessário para garantir que haja espaço suficiente dentro do Orçamento para honrar todas as obrigações, especialmente as despesas obrigatórias como benefícios previdenciários e sentenças judiciais. O montante bloqueado, equivalente a 1,3% das despesas discricionárias, demonstra a seriedade do governo em manter o equilíbrio fiscal e evitar impactos negativos na economia.

O bloqueio de recursos não afeta apenas áreas específicas, mas sim todas as despesas não obrigatórias, incluindo custeio e investimentos públicos. O detalhamento das áreas afetadas será feito em decreto a ser editado por Lula até o fim do mês de março. Apesar disso, há a expectativa de que o bloqueio possa eventualmente ser revertido nos próximos meses, caso o governo consiga reduzir despesas obrigatórias ou preencha os requisitos para a abertura de um crédito suplementar de até R$ 15 bilhões.

No cenário atual, o governo Lula demonstra comprometimento em garantir a estabilidade fiscal e busca soluções que permitam cumprir as metas estabelecidas, demonstrando responsabilidade e zelo na gestão dos recursos públicos.

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