Os exportadores rurais terão acesso a uma linha de crédito de US$ 1 bilhão para modernizar e ampliar a produção. Os empréstimos começarão a ser realizados a partir da próxima segunda-feira, 1º de maio. A criação da linha de crédito foi anunciada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que explicou que haverá um lançamento oficial do programa durante a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que será realizada no período de 1º a 5 de maio em Ribeirão Preto (SP).
Os recursos são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai financiar a compra de equipamentos para o setor agropecuário, como máquinas agrícolas, sistemas de irrigação, silos, estruturas de armazenagem e sistemas de energia solar. Além do BNDES, poderão operar a linha de crédito instituições parceiras, como o Banco do Brasil, que é hoje o principal fornecedor de crédito rural no país.
Os produtores poderão efetuar os empréstimos com juros fixos de 7,59% ao ano, mais a variação do câmbio. Estão proibidos de obter crédito quem comete desmatamento ilegal.
“Os exportadores da agricultura que têm recebíveis [valores a receber] em dólar vão poder operar essa linha para a compra de máquinas, equipamentos, tratores, colhedeiras, instrumentos para irrigação, armazenagem”, explicou Mercadante. “A única coisa que não pode é ter desmatamento ilegal. Nós monitoramos as propriedades, e quem desmata ilegalmente não terá acesso à linha”, disse Mercadante.
De acordo com Geraldo Alckmin, a nova linha serve como uma opção de baixo risco para o agronegócio exportador e para os exportadores é uma oportunidade de obter financiamento em dólar. “Tudo o que nós queremos é crédito mais barato para alavancar o crescimento, atrair investimento”, disse Alckmin.
A linha de crédito terá juros abaixo da Taxa de Longo Prazo (TLP). Formada por uma média das taxas de mercado de títulos públicos de longo prazo corrigida pela inflação, a TLP atualmente está em torno de 19% ao ano. Segundo Mercadante, por causa da correção das prestações pela variação cambial, os juros efetivos poderão ser menores.