Grandes hospitais privados planejam abrir vagas para cursos de medicina

Os grupos estão aguardando orientações do Ministério da Educação (MEC) para seguir com os processos administrativos.

Grandes hospitais privados planejam abrir vagas para cursos de medicina | Divulgação
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De olho em um setor que gerou um movimento financeiro de R$ 21 bilhões no ano passado, hospitais privados como o Sírio-Libanês (SP), BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e a Rede D'Or São Luiz (RJ), têm planos de lançar suas próprias graduações em medicina entre os anos de 2024 e 2027. As informações são do g1.

Estes grupos estão aguardando orientações do Ministério da Educação (MEC) para seguir com os processos administrativos. As diretrizes serão anunciadas em um edital até o dia 6 de setembro, após um congelamento de cinco anos na criação de novas faculdades de medicina no Brasil. Desde 2018, a ampliação de vagas estava suspensa.

A prática de empresas ingressarem no setor educacional também é vista nos segmentos financeiro e tecnológico. Exemplos disso são a corretora XP e o banco BTG, que recentemente estabeleceram suas próprias instituições de ensino para capacitar futuros profissionais.

Na área da saúde, a iniciativa de grandes conglomerados hospitalares oferecerem cursos de graduação não é uma novidade. O Hospital São Camilo (SP), por exemplo, lançou seu curso em 2007. No entanto, o ponto de virada ocorreu em 2016, quando o renomado Hospital Israelita Albert Einstein, um dos maiores do país, inaugurou sua própria faculdade de medicina.

Apesar do fim da restrição, o mercado ainda apresenta limitações: O edital do MEC, a ser divulgado nas próximas semanas, irá definir os requisitos para a criação de novas faculdades de medicina no Brasil, considerando as demandas do sistema público de saúde.

Só poderão ser abertas vagas em instituições de ensino nos municípios que, segundo o governo federal, tiverem estrutura adequada para aulas práticas (como leitos disponíveis) e carência de médicos. 

Este último aspecto, que associa as vagas às necessidades do Mais Médicos e do SUS, é alvo de questionamentos jurídicos: a Justiça tem 220 pedidos de empresas que querem abrir cursos independentemente deste critério. O tema deve ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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