Greve dos bancários segue sem previsão de fim

Para a Fenaban, a reposição de 4,29%, era uma primeira proposta na busca do porcentual final que corrigiria

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Funcionários de bancos de todo o País chegam nesta terça-feira ao sétimo dia de greve para exigir aumento salarial. Na segunda-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) estimou 6,52 mil agências fechadas e a adesão de 29 mil empregados. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realiza nova assembleia a partir das 16h de hoje para determinar os rumos da greve. Ainda não houve nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

"A greve é uma reposta dos bancários à proposta dos banqueiros de oferecer apenas a reposição da inflação, apesar de os bancos terem lucros e rentabilidade elevados", disse em nota Juvandia Moreira, presidenta do sindicato da região metropolitana de São Paulo. Os funcionários de instituições financeiras rejeitaram a proposta que dava reposição da inflação dos últimos 12 meses, de 4,29%, sem aumento real de salários.

Para a Fenaban, a reposição de 4,29%, era uma primeira proposta na busca do porcentual final que corrigiria, com aumento real, salários, pisos, benefícios e participação nos lucros. De acordo com a entidade, os reajustes acertados neste ano seriam aplicados sobre uma convenção coletiva considerada a melhor do País, que assegura uma série de ganhos em termos de remuneração e benefícios, com média salarial de R$ 4.111.

Segundo a entidade, com a aplicação da convenção, seriam corrigidos com o novo acordo os direitos a jornada de trabalho reduzida, de seis horas diárias, participação nos lucros, piso salarial de R$ 1.501,49 para a função de caixa, vale refeição mensal de R$ 371,36, vale alimentação de R$ 289,36 e auxílio creche de R$ 207,95 (por filho).

Os bancários são uma das poucas categorias no País que possui contrato coletivo de trabalho com validade nacional. São cerca de 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil apenas em São Paulo, Osasco e região.

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