No terceiro dia de paralisação, a greve nacional dos bancários manteve fechadas 6.215 agências em todo o país, além de dezenas de centros administrativos de todos os bancos nas capitais, segundo dados enviados pelos sindicatos à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) até as 17h.
Nesta sexta-feira (1), a categoria realizou uma nova assembleia, mas o fim da greve nem sequer entrou em pauta, segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, porque os bancos não apresentaram nenhuma proposta.
Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o país conta com 19.830 agências bancárias. Portanto, nesta sexta-feira, mais de 30% do total de agências aderiram à greve.
Na próxima segunda-feira (4), o Comando Nacional dos Bancários se reunirá novamente em São Paulo para fazer uma avaliação da greve e discutir, inclusive, a possibilidade de intensificar a mobilização.
A greve dos bancários teve início na quarta-feira, quando 3.864 agências permaneceram fechadas em todo o país. Na quinta-feira, 4.895 agências não abriram suas portas.
Os bancários reivindicam reajuste de 11%, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção à saúde com foco no combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades, segurança contra assaltos e sequestros e fim da precarização via correspondentes bancários, entre outros pontos.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferece reposição da inflação (4,29%). Por meio de nota divulgada na quarta-feira, a entidade disse que aceita discutir reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados.