A greve de funcion?rios dos Correios completou nesta ter?a-feira oito dias com a ades?o de mais um Estado, segundo a Fentect (Federa??o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Tel?grafos e Similares). A entidade contabiliza 24 Estados mais o Distrito Federal paralisados, com a adi??o dos trabalhadores do Mato Grosso ? paralisa??o.
A assessoria de imprensa da ECT (Empresa de Correios e Tel?grafos), por?m, informa ades?o ? greve em 20 Estados, al?m do Distrito Federal, mas admite oscila??o no n?mero. Segundo os Correios, n?o est?o em greve Amap?, Esp?rito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Roraima e Tocantins.
Segundo a empresa, 34% dos carteiros de todo o Brasil estavam de bra?os cruzados nesta ter?a-feira. Al?m disso, a empresa informou que segundo contagem feita ontem, das cerca de 7.000 ag?ncias do pa?s, 435 n?o cumpriram a liminar do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que determina que pelo menos 50% dos funcion?rios trabalhem. Se descumprida a ordem, a pena ? de multa di?ria de R$ 30 mil.
A estimativa ? que por conta da greve, 60 milh?es de objetos n?o tenham sido entregues aos seus destinat?rios.
Jos? Gon?alves, um dos representantes da Fentect no comando de greve, afirmou que a categoria deu in?cio ontem a um recurso em que pede a suspens?o da liminar do TST. Sobre o balan?o divulgado hoje, afirmou desconhecer o n?mero. "? muito dif?cil a gente controlar, s?o muitas unidades no pa?s", afirmou.
Reivindica??o
A categoria reivindica, segundo a Fentect, o cumprimento integral de um acordo assinado em novembro de 2007. Os principais pontos n?o cumpridos seriam a incorpora??o de 30% de adicional de periculosidade nos sal?rios, negocia??o do plano de carreira e participa??o nos lucros.
Por sua vez, os Correios afirmam que o compromisso foi cumprido e mant?m o posicionamento de cortar o ponto dos grevistas.
Por meio de nota divulgada na segunda-feira, os Correios afirmam que "a ECT empenhou todos os esfor?os no sentido de atender as reivindica?es de seus empregados". "Os Correios contam, agora, com o bom senso de seus empregados para que retornem ao trabalho, mantendo os interesses da sociedade acima dos interesses pessoais."
Concilia??o
Na manh? de ontem (7), a audi?ncia de concilia??o entre o sindicato e os Correios foi suspensa sem uma defini??o sobre a greve.
O presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito, prop?s intermediar pessoalmente a negocia??o mediante a volta de todos os funcion?rios da empresa ao trabalho. Duas reuni?es semanais, de acordo com a proposta, seriam realizadas at? o fim de julho entre as partes. Por?m, Correios e sindicalistas n?o chegaram a um acordo, e a audi?ncia no TST ser? retomada no pr?ximo dia 15.
A falta de acordo sobre o fim definitivo da greve manteve a liminar do TST, que determina que pelo menos 50% dos funcion?rios dos Correios retomem o trabalho.